as obras
OCUPAÇÃO/SITUAÇÃO-DESEJO (OU PEQUENO VIDRO)
Jack Holmer
Jack Holmer
A obra "Ocupação/situação-desejo (ou O Pequeno Vidro)", 2022, investiga corpos e desejos contemporâneos bem como presenças tanto físicas quanto digitais nas relações afetivas. É por meio de gráficos de conjugações de sentimentos e situações manifestadas por corpos digitalizados apresentados em Realidade Aumentada, a obra questiona práticas relacionais afetivas após a segunda década do século XXI.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ITAARA
Camila Florentino
Camila Florentino
ITAARA (2021) é desenvolvida para o projeto “Percepções da dança: um estudo através da realidade virtual”, com orientação de Ivani Santana, Itaara é uma experiência artística criada para a Hubs, uma plataforma experimental amigável à realidade virtual, criada pela equipe Mixed Reality da Mozilla. O grupo de pesquisa Poéticas Tecnológicas: corpoaudiovisual, comprometido na investigação de novas configurações da dança através da mediação tecnológica, oferece uma experiência sensível ao fruidor, o qual é estimulado a percorrer os seis ambientes virtuais interligados por portais neste projeto. A primeira sala, o prólogo, apresenta uma escuridão cortada pelo rosa brilhante de uma criatura, meio mulher, meio, esfinge, que por meio de poemas e trilhas, orienta como se deve caminhar naquele espaço. O fruidor deve explorar o ambiente com o objetivo de encontrar o portal que o levará para a próxima sala. O trajeto é repleto de imagens flutuantes, cravejadas nas pedras, nos rios ou em vídeos tridimensionais gravados com câmera 360º. Nessa jornada, o fruidor pode sentir a imensidão, o confinamento, a falta de gravidade, o ritualístico e a serenidade de um pôr do sol. A mulher-esfinge conduz o fruidor da seguinte forma: “respira nesse outro corpo, [agora] você vive nesse outro ser, nesse bicho-virtual”.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
O TEMPO ANTES DO TEMPO
Marcos André Penna Coutinho
Marcos André Penna Coutinho
A obra é um Game Art single player, 3D, em terceira pessoa. Feita inteiramente por Unreal Engine 4, "O tempo antes do tempo" (2022), é uma obra poética tecnológica com bases espirituais e simula os caminhos que a alma deve percorrer através das forças astrológicas para poder renascer.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ESCAPES
Marina Polidoro
Marina Polidoro
Uma figura feminina rodopia pela tela, a qual muda de direção ao bater nas bordas. Esta figura foi redesenhada a partir de uma iluminura medieval e sua postura curvada para trás que sugere o movimento da pirueta. Na obra (2019), a mulher permanece “presa” na tela, que parece não ter saída. A partir de uma simples interação (toque na tela ou clique no mouse), há a possibilidade de que ela escape, surpresa, atravessando a margem, ultrapassando o limite, até a perdermos de vista.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
RESILIÊNCIA
Cristiane Duarte, Rolf Simões, Rosangela Leotte
Cristiane Duarte, Rolf Simões, Rosangela Leotte
“Resiliência” (2021) é uma obra de arte interativa, na qual partimos do conceito de resiliência como a capacidade dos materiais recuperarem-se do “stress”, tal como tratado inicialmente pela física, e depois estendida àquela da biologia, que certos sistemas, orgânicos e naturais, possuem para regenerar-se após uma perturbação. Além disso, a obra se baseia na noção de sistema massamola, inspirado no modelo de malha originalmente proposto por Hrennikoff na área de física mecânica, e sua simulação digital. Dessa forma, refletimos sobre a poética da obra e jogando luz sobre a temática da resiliência, relacionamos os conceitos de “molar” e “molecular” em Gilles Deleuze e Félix Guattari. Tais conceitos remetem a diferentes aspectos da vida que nos atravessam simultaneamente, capturando os sentidos de segmentação e integração.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
GRRLHCNTN
Andrea May
Andrea May
A web art GRRLHCNTN (2021), de Andrea May, têm como características principais a interatividade a partir da imersão sonora, explorando a imagética na revelação efêmera de textos, geometrismos, ruídos e caos. A obra que tem como objetivo revelar distopias nacionalistas, está disponível em https://grrlhcntn.blogspot.com/.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ORACLE OF THE SPIDER
Anoraks para Max Waldmann
Anoraks para Max Waldmann
"Oracle of the Spider" (2020) surge como uma proposta de exploração da teia digital de conhecimentos conectados por hiperlinks, no formato de um jogo digital. O website convida o visitante a após apertar o botão de "Start", ter um minuto para ir de uma página aleatória do Wikipedia para a página de "Spider" - usando os hiperlinks das páginas.
Devido a aleatoriedade da página inicial e a breve duração de um minuto, é praticamente impossível encontrar a página de "Spider" dentro do tempo estabelecido, gerando curiosidade no usuário a conhecer possíveis caminhos. Para isso, a tela final o encaminha para o site "Six Degrees" que apresenta as conexões de hiperlinks do site Wikipedia.
Ao transformar o visitante em um Web-Crawler, termo usado para rastreadores de redes, o que permite ao usuário caminhar dentre conhecimentos que aparentam ser desconexos para chegar naquele que teceu as conexões: A Aranha. O usuário, nesse caso, se tornou a aranha, que conectou os assuntos em sua caminhada por hiperlinks. Portanto, a aranha sofre ecdise durante este período de busca, em uma animação feita por Kauan Gobbi, para representar os novos conhecimentos adquiridos.
Classificação: 14 anos
Devido a aleatoriedade da página inicial e a breve duração de um minuto, é praticamente impossível encontrar a página de "Spider" dentro do tempo estabelecido, gerando curiosidade no usuário a conhecer possíveis caminhos. Para isso, a tela final o encaminha para o site "Six Degrees" que apresenta as conexões de hiperlinks do site Wikipedia.
Ao transformar o visitante em um Web-Crawler, termo usado para rastreadores de redes, o que permite ao usuário caminhar dentre conhecimentos que aparentam ser desconexos para chegar naquele que teceu as conexões: A Aranha. O usuário, nesse caso, se tornou a aranha, que conectou os assuntos em sua caminhada por hiperlinks. Portanto, a aranha sofre ecdise durante este período de busca, em uma animação feita por Kauan Gobbi, para representar os novos conhecimentos adquiridos.
Classificação: 14 anos
PINTAR COM A VOZ
Cristiane Duarte e Rolf Simões
Cristiane Duarte e Rolf Simões
"Pintando com a voz" (2020) é uma obra que abrange uma investigação de natureza prática sobre a pintura de paisagens em perspectiva aérea através do uso de sistemas digitais interativos. Sua poética se relaciona entre outras coisas, à tradição judaico-cristã, onde encontramos algumas referências da criação à distância. Por exemplo ,na passagem bíblica da criação divina da luz, descrita no livro de Gênesis, encontramos a expressão “fiatlux”, expressão essa que é falada por Deus para se criar a luz . Em outra passagem bíblica que retoma o mito da criação, no livro de João, encontramos a famosa expressão “no princípio era o verbo”. Como a palavra é originalmente materializada pela oralidade, podemos admitir que a criação divina, segundo essa tradição, também esteja intimamente relacionada com o som.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
COM TODOS OS CUIDADOS
Sonia Salgado Labouriau
Sonia Salgado Labouriau
“COM TODOS OS CUIDADOS” reúne em um site o registro de um experimento de curadoria no qual 10 artistas foram convidados a criar obras de instalação site-specific voltadas para o público infanto-juvenil e com desdobramento em realidade aumentada via QR code. Tais obras se situam na Praça Zamenhof, no Bairro Floresta, em Belo Horizonte, em frente à Escola Estadual Barão de Macaúbas, voltadas especialmente aos estudantes e professores da Escola e transeuntes da praça.
A intervenção urbana teve duração de 12 horas e aconteceu no dia 17 de fevereiro de 2022, transmitida em tempo real por videoconferência no YouTube, com objetivo de ampliação do público e popularização da arte contemporânea, viabilizou o acompanhamento das ações também por parte do público em isolamento social.
Classificação: Livre
A intervenção urbana teve duração de 12 horas e aconteceu no dia 17 de fevereiro de 2022, transmitida em tempo real por videoconferência no YouTube, com objetivo de ampliação do público e popularização da arte contemporânea, viabilizou o acompanhamento das ações também por parte do público em isolamento social.
Classificação: Livre
RESPIROS DISSONANTES
Entre Nós (Grupo de Pesquisa em Arte, Tecnologia e Sociedade)
Entre Nós (Grupo de Pesquisa em Arte, Tecnologia e Sociedade)
Respiros Dissonantes (2021) é uma proposta interativa inserida nas linguagens da Arte & Tecnologia, produzida em ambiente de programação baseado em nós e patches denominado Cables. A obra foi produzida pelo Entre Nós – Grupo de Pesquisa em Arte, Tecnologia e Sociedade (FAALC/UFMS) no ano de 2021, com objetivo de ser uma obra aberta e compartilhada com o público, disponível para acesso nas redes www (entrenos.art.br). Com base nos conceitos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) e a arte inserida nas tecnologias contemporâneas como produtora de mediação/reflexão crítica sobre a realidade, mais ainda, tem como preocupação provocar reflexões sobre a realidade que nossa sociedade enfrentou diante da gravidade da pandemia gerada pela Covid-19.
Classificação: 10 anos
Classificação: 10 anos
TODAS AS LÁGRIMAS
Paula Trojany
Paula Trojany
Hospedado na plataforma mozilla hubs, "Todas as lágrimas" (2021) é um ambiente em realidade virtual. Tal ambiente traz imagens, sons, gifs e vídeos que juntos propõem uma reflexão sobre memória, ancestralidade, amor, sexo, frustração e raiva, de maneira imersiva.
Classificação: 18 anos
Classificação: 18 anos
BRAIN BOOSTER
Raphael Ferreira
Raphael Ferreira
O vídeo pseudo-terapêutico "Brain Booster" (2022) é composto por imagens meditativas e batidas binaurais com ondas beta, as quais podem causar efeitos de potencialização da inteligência e produtividade.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
MU(T)AÇÕES
Patrícia Siqueira
Patrícia Siqueira
O trabalho de vídeo/dança/arte, “mu(t)ações” (2022), se fundamenta na existência do indivíduo como sujeito secundário da vida, apresentando elementos vivos ativos ou inativos como protagonistas.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
PULSAR
Angela Biegler
Angela Biegler
Narrativas se criam, se alteram e se desfazem ao sabor do limite concedido a partir de uma história impressa em papel vegetal preso e costurado em uma corda. O jogo narrativo (2022) cresce e provoca sobre nossas vidas e seus ritmos, o nosso pulsar neste planeta, ampliado pela percepção do público que cria os sons, em sua cabeça, enquanto vê o vídeo mudo ou que manipula a velocidade da trilha sonora do vídeo enquanto o assiste.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
A MULHER QUE SE CONFUNDIU COM UM PEIXE
Alba Vieira
Alba Vieira
Baseada na obra de Oliver Sacks, "O homem que confundiu sua mulher com um chapéu", a proposta "A mulher que se confundiu com um peixe" é uma vídeodança que celebra o que a artista considera como sua natureza profunda: ser um animal aquático. Assim como um "peixe fora d'água", viver fora do ambiente líquido, o mais confortável para esse ser que assume a forma humana de uma mulher, embora busque incessantemente aprisionar, coletar, sentir a água de diferentes formas. Ao final, a metamorfose se rende ao poder da imaginação. A obra foi gravada em diferentes estados e cidades brasileiras: Viçosa, MG; Gamboa/SC; Boipeba, BA; Fernando de Noronha/PE; Chapada das Mesas, MA.
Chapada das Mesas (MA) é um platô cortado por 22 rios diferentes, com grande diversidade de ambientes, como florestas, cachoeiras e cavernas. O vídeo mostra um corpo humano/peixe imerso em um habitat líquido que explora de forma sensorial e poética estados que tangem o chamado de consagração da vida.
Classificação: Livre
Chapada das Mesas (MA) é um platô cortado por 22 rios diferentes, com grande diversidade de ambientes, como florestas, cachoeiras e cavernas. O vídeo mostra um corpo humano/peixe imerso em um habitat líquido que explora de forma sensorial e poética estados que tangem o chamado de consagração da vida.
Classificação: Livre
ESGOTAMENTO/DUMP
Arthur H
Arthur H
"Esgotamento/Dump" (2021) é um retrato, uma imagem, que pode ser/estar em movimento, e/ou ainda um poema voco-visual que busca(m) possíveis enquadramentos para a Sociedade do Cansaço, assim denominada no livro homônimo pelo filósofo Byung-Chul Han.
O termo descreve esse tempo como período de aceleração e esgotamento que leva à exaustão e ao esvaziamento. Em tempos pandêmicos, no qual ficou ainda mais difícil separar vida e trabalho, houve a emersão do termo burnout. Uma combinação de fatores que produz carga excessiva a qual provoca a falta de (re)carga: esgotamento (que não se esgota). Viver e ver a vida através das janelas – lato sensu – e telas aproxima o individuo de autômatos, ao mesmo tempo que os afasta da própria natureza (humana) já devastada.
Classificação: Livre
O termo descreve esse tempo como período de aceleração e esgotamento que leva à exaustão e ao esvaziamento. Em tempos pandêmicos, no qual ficou ainda mais difícil separar vida e trabalho, houve a emersão do termo burnout. Uma combinação de fatores que produz carga excessiva a qual provoca a falta de (re)carga: esgotamento (que não se esgota). Viver e ver a vida através das janelas – lato sensu – e telas aproxima o individuo de autômatos, ao mesmo tempo que os afasta da própria natureza (humana) já devastada.
Classificação: Livre
CARDÁPIO DE HOJE: MISTÉRIO
Giovana Domingos
Giovana Domingos
A videoperformance "Cardápio de hoje: mistério" (2022) apresenta a rotina da artista durante a pandemia de covid-19, relacionando-se com "moedas brilhantes". Utilizadas para a confeção de figurinos para Dança do Ventre, tal elemento pertence ao campo imaginado orientalista. A obra ressalta questões relacionadas a propagação de mídas de massa, bem como as condições socioeconômicas de alimentação no Brasil.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ERUPULSÕES
Eduardo Montelli
Eduardo Montelli
“Erupulsões” (2022) é um vídeo constituído por camadas de ação e significação, que vão desde a materialidade da escultura e da pintura até a imagem digital em circulação na internet.
O vídeo apresenta a simulação de uma “live” transmitida pelo canal do “Youtube” do artista, na qual é exibida uma ação acompanhada de comentários no “chat”. As imagens vão revelando uma narrativa sobre as condições sociais, políticas e culturais da contemporaneidade, a partir de uma perspectiva individual. A proposta sugere uma experimentação formal de modos de criação de narrativas partindo dos meios de comunicação mais populares da atualidade.
Classificação: Livre
O vídeo apresenta a simulação de uma “live” transmitida pelo canal do “Youtube” do artista, na qual é exibida uma ação acompanhada de comentários no “chat”. As imagens vão revelando uma narrativa sobre as condições sociais, políticas e culturais da contemporaneidade, a partir de uma perspectiva individual. A proposta sugere uma experimentação formal de modos de criação de narrativas partindo dos meios de comunicação mais populares da atualidade.
Classificação: Livre
URBANOGRAFIA DO CAUS
Thiago A. Morandi, Rodrigo Scalabrini, Rodrigo Ribeiro
Thiago A. Morandi, Rodrigo Scalabrini, Rodrigo Ribeiro
“Urbanografia do Caus” (2021) retrata a partir de relatos etnobiográficos o cotidiano de alguns pixadores e grafiteiros da região metropolitana de Belo Horizonte. O trabalho deriva do recorte de quatro entrveistas dentro de uma lista de 25. A proposta documental foi criada através da pesquisa de doutorado de Thiago de Andrade Morandi em conjunto com Rodrigo Ribeiro e Rodrigo Scalabrini, idealizadores do Projeto Caus, que visa promover artistas urbano e apresenta relatos de Gud, Sodac, Kawany Tamoyos, Goma, e, imagens com aspectos de etnoficção e cinema verdade.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
MEKHANTOTENS TRANZINÁRIOS - O ARTEZINE EXPANDIDO
Thiago A. Morandi, Rodrigo Scalabrini, Rodrigo Ribeiro
Thiago A. Morandi, Rodrigo Scalabrini, Rodrigo Ribeiro
O fanzine híbrido foi pensado por um autor como transmídia, de forma a conceber o conceito de “zine-expandido”, de maneira que uma narrativa fosse inserida e permitisse uma leitura magético-textual-poética, enquanto o co-autor trabalhou a sonoridade. Produzidos no processo criativo os contrastes sonoros remetem a dualidades que buscam uma composição com ambientação musical. O artezine expandido MekHanTotens TranZinários (no link: https://youtu.be/khORiOQXkXM) se configura como obra híbrida enquanto linguagem, conceito e criação, e tangencia linguagens diversas, universos e processos metamorfoseados e que funcionam como ponto de conexão conceitual poético-filosófica das obras imagéticas e sonoras individuais.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ODETE INVENTA O MAR - UM EXPERIMENTO
Sheurily Costa, Andrio Robert, Jean Carlos Gonçalves
Sheurily Costa, Andrio Robert, Jean Carlos Gonçalves
O experimento "Odete inventa o mar - um experimento" (2020) inspirado na obra de ficção literária homônima, de autoria de Sônia Machado de Azevedo, busca associar os sentidos de presença e a possibilidade de produção da ausência em tempos pandêmicos. Entre áudios, imagens e memórias. Dois mundos. Duas casas. Duas leituras. Dois corpos. Dois mares. Duas invenções.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
MEDUZA
Artur Strauch
Artur Strauch
A obra "Meduza" (2021) questiona o olhar e o ser visto a partir da manipulação de imagens por Inteligência Artificial que gerem visualidades experimentais e híbridas. É composta por um vídeo e nove fotografias que representam olhos, ou pelo menos imagens semelhantes. Como tema central, a obra apresenta a potencialidade transformadora do olhar, ao que se refere a possibilidades diversas de intervenção. Portanto, a obra é construída em coautoria entre o artista e o algoritmo.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ONDE OS PASSAROS BATEM E MORREM
Fernanda Nicolini
Fernanda Nicolini
Este vídeo compõem o tríptico "ONDE OS PÁSSAROS BATEM E MORREM" (2022), como uma das três partes. A vídeodança com pássaros, Birds, criada por David Hinton, se apresenta disruptiva e provocativa. Através do trecho de um poema de Hilda Hist, a obra constrói uma dramaturgia coreográfica sobre a insurgência de corpos não humanos, como a vídeodança. Com uma dança coletiva, através do movimento, subvertem os acontecimentos que a humanidade impõe e assim, restituem seu espaço no mundo.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
PROJETO LTS
Anoraks
Anoraks
O “Projeto LTS” (2021) é uma proposta multimídia no campo digital, com adoção de quebra-cabeças e enigmas narrativos como estímulo à pesquisa e produção poética. A obra convida o visitante a explorar a proposta que está dividida em três partes uma página no Twitter, um vídeo no YouTube e um site, de maneira que o visitante esteja imerso na narrativa do trabalho. O enredo é composto por figuras históricas, acompanha os acontecimentos da organização LTS, a Biblioteca da Verdade de Samosata – a história de uma falsa biblioteca. Ao navegar por quebra-cabeças, o usuário passa por cifras, imagens alteradas e outras técnicas e para progredir é necessário pesquisar sobre as figuras que aparecem na narrativa. Além disso, a proposta tem como base o estilo narrativo dos ARG’s, jogos de realidade alternativa, que permeia o limiar entre ficção e realidade.
Classificação: 12 anos
Classificação: 12 anos
PRIMEIRA SESSÃO
Pedro Moreira
Pedro Moreira
"Primeira Sessão" (2022) reflete a deterioração emocional e mental durante o isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, como indivíduos acostumados a viver em comunidade.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
TRIPAS DO OLHO
Mutano
Mutano
"Tripas do Olho" (2022) é uma série de GIF’s, os quais exploram a viscosidade do olho, como habitat de uma fauna microscópica que se esconde atrás das sombras do globo ocular. Tal obra foi concebida por um processo mesclado de criação de imagens. Fotogramas criados em papel fotográfico utilizando ampliador em laboratório escuro, com papéis imersos em solução aquosa de tinta nankin, óleo e mel. Os papéis foram marcados pela sombra-luz-transparência e passaram por processo de revelação química. Em um segundo momento, após esses processos, os papéis foram digitalizados, tratados e animados.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
BRUTA GLÓRIA
Danni Garcia
Danni Garcia
"Bruta Glória" (2021) é um compilado de cenas sobre as vivências de uma travesti em situação de rua gravadas na Rua Jaguarão, bairro Bomfim em Belo Horizonte. Esta rua é uma cena de uso de drogas da capital que se caracteriza pela concentração de travestis que trabalham e vivem no território. É nesse contexto que a performer Vitória, ao longo dos anos (2012 a 2015 aproximadamente), produziu uma série de performances, relatos e instalações documentadas por Danni Garcia em fotografias e vídeos. Em Bruta Glória, o humor atravessa a dramaticidade das experiências sócio culturais de Vitória. Uma estratégia para transcender o real extremamente violento das cenas de uso através de narrativas discidentes performadas para uma máquina que ouve, vê e memoriza.
Classificação: 12 anos
Classificação: 12 anos
MICRO_TRANSA_ÇÃO
José Loures
José Loures
A obra "Micro_transa_ção" (2020) se debruça sobre o corpo do artista que foi retratado durante 73 dias entre o período de 20 de março a 31 de maio de 2020. 73 autorretratos foram trabalhados a partir da dualidade e polaridade emocional representada entre o preto e o branco. O áudio no vídeo foi produzido através de comentários recebidos nas postagens da série de desenho na página no Instagram do artista: elogios, críticas, assédio, piadas, ameaças e palavras de incentivo.
Micro_transa_ção foi exposto na mostra “Emmeio#12.0”, durante o HUB Eventos Media Lab / BR 2020. O trabalho também foi adquirido pela Galeria de Artes Antônio Sibasolly e participou da exposição coletiva "Novas Aquisições: coleção artistas anapolinos - GO” no período de 30 de julho a 15 de setembro de 2021.
Link: https://vimeo.com/manage/videos/535900526/3839c16b8e
Classificação: 16 anos
Micro_transa_ção foi exposto na mostra “Emmeio#12.0”, durante o HUB Eventos Media Lab / BR 2020. O trabalho também foi adquirido pela Galeria de Artes Antônio Sibasolly e participou da exposição coletiva "Novas Aquisições: coleção artistas anapolinos - GO” no período de 30 de julho a 15 de setembro de 2021.
Link: https://vimeo.com/manage/videos/535900526/3839c16b8e
Classificação: 16 anos
TRAVESSIAS
Maryah Monteiro
Maryah Monteiro
"Travessias" (2020) é um jogo com as telas que entornam a artista. Telas esvaziadas e que abrem passagens para que o corpo escape.
Classificação: 12 anos
Classificação: 12 anos
CONGRESSO INDÍGENA
Elyxmaya
Elyxmaya
A obra "Congresso Indígena" (2020) faz valer do exercício de pensar como seria nosso Congresso Nacional se este fosse governado pelos povos originários. A imagem, composta por elementos indígenas, como os grafismos e um tipo de habitação cercada por floresta, busca apresentar um cenário diferente do atual em Brasília, onde os construções de concreto são dominantes.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
3.1
Maxi Rodrigues
Maxi Rodrigues
"3.1" (2022) se trata de um deleite diante da paisagem amazônica onírica e da manipulação digital que se fez sobre a imagem. Resultado de um dia de navegação na Amazônia durante a viagem Parintins/Manaus.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
SIRIRIS
Sergio Augusto Medeiros
Sergio Augusto Medeiros
A série Siriris (2020) traz imagens encontradas em visitas virtuais de museus, que estão disponíveis na internet com supostos erros em seus registros em 3D. As visitas virtuais têm oferecido ao público visitante outro tipo de interação com o objeto musealizado, tendo em vistas os museus temporariamente fechados.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ECOS ONÍRICOS: UM EP EXPANDIDO
Fredé CF
Fredé CF
O EP "Ecos Oníricos" (disponível no link: https://fredecf.bandcamp.com/album/ecos-on-ricos-ep) foi todo pensado, produzido e lançado no inverno goiano de 2021, durante a pandemia de COVID-19, e apresenta seis músicas autorais captadas, mixadas e masterizadas integralmente pelo smartphone (iPhone 6) com os aplicativos gratuitos: Hokusai 2, Music Maker Jam e Synth One), assim como a arte da capa que conta com auxílio de redes neurais/IA (Deep Dream Generator) intervindo sobre a imagem fotográfica de minha sombra tomando café. A imagem pós-intervenção da Inteligência Artificial evidencia uma espécie de “alma” representada no interior da sombra projetada, o que dialoga com o conceito de olhar ao próprio interior e à integração das sombras junguianas (JUNG, 2015) que expresso em meu universo ficcional. A narrativa e a poética do EP está situada conceitualmente nesse meu citado universo transmídia poético-onírico ficcional autoral intitulado “MekHanTropia” (em processo de expansão) que vem sendo criado em minha pesquisa de doutorado em Arte e Cultura Visual (UFG).
No universo de MekHanTropia, verso sobre um deslocamento conceitual a um futuro devastado com o silício e o carbono em constante autodestruição e simulações binárias decorrentes da psicopolítica instituída (HAN, 2018). No EP Ecos Oníricos, o eu-lírico busca alternativas de resistência ao sistema de MekHanTropia por meio dos sonhos, reflexões e conexões colaborativas transbinárias (FRANCO, 2021) e transdimensionais, atuando no autoconhecimento e escapando de padronizações maniqueístas instituídas.
Ecos Oníricos tem como inspiração criativa sonhos que tive durante o período pandêmico, tecendo alusão a narrativas oníricas e fantásticas, reflexões existenciais e contraculturais, devaneios pós-humanos transcendentais e experimentações com arte, ciência e tecnologia sobre realidades e dimensões colaborativas anti-mercadológicas que se interseccionam e materializam-se pela obra. O processo criativo baseou-se em métodos sobre relatos de sonhos, propostos por Sidarta Ribeiro (2019), e iniciou-se de lembranças (ao acordar) e interpretações subjetivas sobre sonhos que tive transformando-as em ideias artísticas. Logo escrevi sobre os temas e tentei ambientar os sons baseados nas emoções sentidas durante tais experiências.
Além disso, convidei três músicos/artistas/parceiros para contribuírem com suas ideias poéticas, ecoando tais argumentos oníricos a novas possibilidades e deslocamentos conceituais fragmentados (como os sonhos), são eles: 1) o musicista e cineasta Rafael Simon, que compôs ambientações com guitarras ruidosas viscerais e batidas eletrônicas, trazendo um clima de flutuação no tempo e espaço para a primeira faixa, cujo título é homônimo ao EP; 2) o artista transmídia, professor e pesquisador Edgar “Ciberpajé” Franco, que gravou, com seu berimbau de boca, sons psicodélicos ritmados e recheados de lisergia atuando em contraste com a estrutura cancioneira da faixa “Agora”; e o musicista, professor, escritor e meu parceiro de banda (no grupo “Cão Breu”), Gustavo Ponciano com sua guitarra mágica gerando um clima soturno e visceral na faixa “Salamanca Blues”. O EP ainda traz a faixa “O efeito antes da causa”, com reflexões oriundas do pensamento de Marshall McLuhan (2005) e da série “Arquivo X (The X-files)”; a faixa “A persistência do tempo”, inspirada na poesia concretista, no surrealismo e em reflexões sobre as lógicas de ordenação temporal da realidade, articulando pausas, silêncios e andamentos com as acelerações típicas da vida cotidiana atual; e a faixa “Mundo T(r)ela (Deep Blue Animus Shine)”, que mescla vocalizações, ruídos, música orgânica eletro-acústica e música eletrônica. A faixa fecha a obra e adentra conceitos sobre a influência das redes digitais e dos fluxos telemáticos em nossas subjetividades e projeções, influenciando o que está dentro e fora de nós e colocando em perspectiva um futuro distópico de controle total do sistema pela naturalização da ilusão mekHanTrópica como uma simulação sobre a realidade (BAUDRILLARD, 1991).
Os ecos de resistência são então abafados e os sonhos transformados em estímulos elétricos. Utilizo em todas as obras que integram o universo ficcional de MekHanTropia, contrastes sonoros que remetem a dualidades entre orgânico/silício, animal/ciborgue, seco/molhado e padronizado/subjetivo, buscando composições com ambientações musicais que hibridizem as músicas a partir de status orgânicos (violão, contrabaixo, vocalizações, assobios, sibilos, percussão, etc) e eletrônicos (sintetizadores, samplers, aparelhos eletrônicos, etc).
Há ainda uma narrativa paralela no EP, como um sonho dentro do sonho: Junto com as letras das músicas (nas setinhas do BandCamp pelo celular, em frente aos títulos delas, ou clicando sobre cada música no acesso pelo computador/desktop), há um miniconto MekHanTrópico, dividido em seis partes, intitulado “As Aventuras de Valdez em MekHanTropia – Diários de Quarentena”, que narra a transformação do eu-lírico em fluxo binário pelas redes.
Esses diálogos estabelecidos entre meus sonhos, a criação artística autoral em diferentes linguagens, mídias e plataformas, o universo de MekHanTropia, o pensamento científico, as diversas tecnologias disponíveis ao meu alcance, o contexto de pandemia e as parcerias colaborativas estabelecidas, expandem minha experiência onírica original a novas dimensões deslocadas conceitualmente que ecoam a partir de inconscientes que se cruzam, materializando artisticamente tais fenômenos e me possibilitando refletir sobre questões que nos cercam, como as formas que lidamos com as tecnologias, com as ancestralidades e subjetividades nos tempos atuais.
A cada novo encontro também se transmutam percepções, ressignificam-se memórias e provoca-se a imaginação de quem entra em contato com os ecos da obra. Encontros poéticos e filosóficos pós-humanos (à luz de ASCOTT, 2003) entre a “Realidade Validada” (presentes pelas percepções, emoções e ideias de diferentes indivíduos), a “Realidade Vegetal”, transcendente, ancestral (dos sonhos, rituais e inconscientes conectados) e a “Realidade Virtual” que possibilitou (e possibilita) encontros, criações e contatos sonoros e visuais transmutacionais entre humano x máquina pelos “0” / “1” das redes.
Videoclipe da música Ecos Oníricos: https://www.youtube.com/watch?v=6OR9eB7yTck
REFERÊNCIAS
ASCOTT, Roy. Quando a Onça se Deita com a Ovelha: a Arte com Mídias Úmidas e a Cultura Pós-biológica, in: Arte e Vida no Século XXI – Tecnologia, Ciência e Criatividade, Diana Domingues (org.), São Paulo: Editora Unesp, 2003, p.273-284.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Lisboa: Relógio d’água, 1991.
FRANCO, Edgar (a.k.a. Ciberpajé). Renovaceno. Brasil: Editora Merda na Mão, 2021.
HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Trad. Maurício Liesen. 1ª ed. Belo Horizonte: Âyiné, 2018.
JUNG, Carl Gustav. Sobre sentimentos e a sombra: sessões de perguntas de Winterthur. Trad. Lorena Richter. 2ª ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2015.
MCLUHAN, Marshall. A Arte como Sobrevivência na Era Eletrônica. In McLuhan por McLuhan: Entrevistas e conferências inéditas do profeta da globalização. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005, p. 243-264.
RIBEIRO, Sidarta. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
Classificação: Livre
No universo de MekHanTropia, verso sobre um deslocamento conceitual a um futuro devastado com o silício e o carbono em constante autodestruição e simulações binárias decorrentes da psicopolítica instituída (HAN, 2018). No EP Ecos Oníricos, o eu-lírico busca alternativas de resistência ao sistema de MekHanTropia por meio dos sonhos, reflexões e conexões colaborativas transbinárias (FRANCO, 2021) e transdimensionais, atuando no autoconhecimento e escapando de padronizações maniqueístas instituídas.
Ecos Oníricos tem como inspiração criativa sonhos que tive durante o período pandêmico, tecendo alusão a narrativas oníricas e fantásticas, reflexões existenciais e contraculturais, devaneios pós-humanos transcendentais e experimentações com arte, ciência e tecnologia sobre realidades e dimensões colaborativas anti-mercadológicas que se interseccionam e materializam-se pela obra. O processo criativo baseou-se em métodos sobre relatos de sonhos, propostos por Sidarta Ribeiro (2019), e iniciou-se de lembranças (ao acordar) e interpretações subjetivas sobre sonhos que tive transformando-as em ideias artísticas. Logo escrevi sobre os temas e tentei ambientar os sons baseados nas emoções sentidas durante tais experiências.
Além disso, convidei três músicos/artistas/parceiros para contribuírem com suas ideias poéticas, ecoando tais argumentos oníricos a novas possibilidades e deslocamentos conceituais fragmentados (como os sonhos), são eles: 1) o musicista e cineasta Rafael Simon, que compôs ambientações com guitarras ruidosas viscerais e batidas eletrônicas, trazendo um clima de flutuação no tempo e espaço para a primeira faixa, cujo título é homônimo ao EP; 2) o artista transmídia, professor e pesquisador Edgar “Ciberpajé” Franco, que gravou, com seu berimbau de boca, sons psicodélicos ritmados e recheados de lisergia atuando em contraste com a estrutura cancioneira da faixa “Agora”; e o musicista, professor, escritor e meu parceiro de banda (no grupo “Cão Breu”), Gustavo Ponciano com sua guitarra mágica gerando um clima soturno e visceral na faixa “Salamanca Blues”. O EP ainda traz a faixa “O efeito antes da causa”, com reflexões oriundas do pensamento de Marshall McLuhan (2005) e da série “Arquivo X (The X-files)”; a faixa “A persistência do tempo”, inspirada na poesia concretista, no surrealismo e em reflexões sobre as lógicas de ordenação temporal da realidade, articulando pausas, silêncios e andamentos com as acelerações típicas da vida cotidiana atual; e a faixa “Mundo T(r)ela (Deep Blue Animus Shine)”, que mescla vocalizações, ruídos, música orgânica eletro-acústica e música eletrônica. A faixa fecha a obra e adentra conceitos sobre a influência das redes digitais e dos fluxos telemáticos em nossas subjetividades e projeções, influenciando o que está dentro e fora de nós e colocando em perspectiva um futuro distópico de controle total do sistema pela naturalização da ilusão mekHanTrópica como uma simulação sobre a realidade (BAUDRILLARD, 1991).
Os ecos de resistência são então abafados e os sonhos transformados em estímulos elétricos. Utilizo em todas as obras que integram o universo ficcional de MekHanTropia, contrastes sonoros que remetem a dualidades entre orgânico/silício, animal/ciborgue, seco/molhado e padronizado/subjetivo, buscando composições com ambientações musicais que hibridizem as músicas a partir de status orgânicos (violão, contrabaixo, vocalizações, assobios, sibilos, percussão, etc) e eletrônicos (sintetizadores, samplers, aparelhos eletrônicos, etc).
Há ainda uma narrativa paralela no EP, como um sonho dentro do sonho: Junto com as letras das músicas (nas setinhas do BandCamp pelo celular, em frente aos títulos delas, ou clicando sobre cada música no acesso pelo computador/desktop), há um miniconto MekHanTrópico, dividido em seis partes, intitulado “As Aventuras de Valdez em MekHanTropia – Diários de Quarentena”, que narra a transformação do eu-lírico em fluxo binário pelas redes.
Esses diálogos estabelecidos entre meus sonhos, a criação artística autoral em diferentes linguagens, mídias e plataformas, o universo de MekHanTropia, o pensamento científico, as diversas tecnologias disponíveis ao meu alcance, o contexto de pandemia e as parcerias colaborativas estabelecidas, expandem minha experiência onírica original a novas dimensões deslocadas conceitualmente que ecoam a partir de inconscientes que se cruzam, materializando artisticamente tais fenômenos e me possibilitando refletir sobre questões que nos cercam, como as formas que lidamos com as tecnologias, com as ancestralidades e subjetividades nos tempos atuais.
A cada novo encontro também se transmutam percepções, ressignificam-se memórias e provoca-se a imaginação de quem entra em contato com os ecos da obra. Encontros poéticos e filosóficos pós-humanos (à luz de ASCOTT, 2003) entre a “Realidade Validada” (presentes pelas percepções, emoções e ideias de diferentes indivíduos), a “Realidade Vegetal”, transcendente, ancestral (dos sonhos, rituais e inconscientes conectados) e a “Realidade Virtual” que possibilitou (e possibilita) encontros, criações e contatos sonoros e visuais transmutacionais entre humano x máquina pelos “0” / “1” das redes.
Videoclipe da música Ecos Oníricos: https://www.youtube.com/watch?v=6OR9eB7yTck
REFERÊNCIAS
ASCOTT, Roy. Quando a Onça se Deita com a Ovelha: a Arte com Mídias Úmidas e a Cultura Pós-biológica, in: Arte e Vida no Século XXI – Tecnologia, Ciência e Criatividade, Diana Domingues (org.), São Paulo: Editora Unesp, 2003, p.273-284.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Lisboa: Relógio d’água, 1991.
FRANCO, Edgar (a.k.a. Ciberpajé). Renovaceno. Brasil: Editora Merda na Mão, 2021.
HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Trad. Maurício Liesen. 1ª ed. Belo Horizonte: Âyiné, 2018.
JUNG, Carl Gustav. Sobre sentimentos e a sombra: sessões de perguntas de Winterthur. Trad. Lorena Richter. 2ª ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2015.
MCLUHAN, Marshall. A Arte como Sobrevivência na Era Eletrônica. In McLuhan por McLuhan: Entrevistas e conferências inéditas do profeta da globalização. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005, p. 243-264.
RIBEIRO, Sidarta. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
Classificação: Livre
RÁDIOS LÉLÉ
Rabay
Rabay
“Rádio Lelé” (2022) é um disco experimental criado coletivamente por pacientes de hospitais psiquiátricos públicos, gravado ao vivo a partir de dinâmicas de improvisação coletiva. O projeto de intervenções e visitas aos hospitais psiquiátricos públicos se tornou um álbum idealizado pelo artista e ativista Rabay. O álbum documenta o cotidiano manicomial e traz 25 faixas contendo mensagens dessas pessoas que ainda vivem dentro de instituições, por meio de uma composição de ritmos, beats, letras de músicas e frases. As imagens que acompanham o álbum tem autoria de Marlon de Paula e foram produzidas em residência artística em 2019, no Museu Bispo do Rosário, na cidade do Rio de Janeiro.
As fotografias foram realizadas no interior da instituição psiquiátrica Colônia Juliano Moreira, a qual “abrigou” cerca de 5.000 pessoas na década de 60, sendo palco de práticas terríveis.
Classificação: Livre
As fotografias foram realizadas no interior da instituição psiquiátrica Colônia Juliano Moreira, a qual “abrigou” cerca de 5.000 pessoas na década de 60, sendo palco de práticas terríveis.
Classificação: Livre
BEM NO MEIO
Karen Acioly
Karen Acioly
Criada pela multiartista Karen Acioly, "Bem no meio" (2022) é uma ópera-instalação inédita, com música do compositor francês Camille Rocailleux. O projeto convida o público a vivenciar uma experiência de renovação da linguagem da ópera.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
GUINDASTES ESPECIAIS FIZERAM EMERGIR OBJETOS DESAPARECIDOS
Bruna Mazzotti
Bruna Mazzotti
A partir de cerca de 140 relatos oníricos, a artista anotou anotei um objeto, planta, desenho, pessoa, dentre outras coisas aparecidas em cada sonho: um tronco de árvore pela metade, uma porta trancada, um coelho sem orelhas, a Terra, a Lua, as faces de duas pessoas que estavam mescladas uma na outra, degraus de escadas, tijolos e outros objetos diversos. Isso tudo a partir de uma pergunta realizada pela artista entre Janeiro e Fevereiro de 2021, através de uma postagem no instagram, “Me empresta seu sonho?”. Dessa forma, foram modelados cada um desses objetos em Polymer Clay cinza e crua e dispostos todos em um aquário de vidro.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
COMO NOTAMOS AS IMAGENS
Circe Clingert
Circe Clingert
O cartaz “Como notamos as imagens” (2021) que faz parte da série e do estudo sobre o erro e sua potencialidade criativa. A obra parte da reflexão sobre como são formadas as imagens em pixel, caracteres, e retícula. A matéria principal do cartaz surge a partir de prints retirados dos frames de um vídeo do artista Thomas Ruff. O frame, composto por pixels é transformado em caracteres (Ascii art) unindo a legenda e a imagem. Assim, a aproximação da imagem permite uma nova compreensão do todo, tendo em vista os caracteres que compõem a imagem.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
FOFUXO
Bianca Orsso; Mateus Pelanda (Moita)
Bianca Orsso; Mateus Pelanda (Moita)
Fofuxo (2019-2020) é uma assemblagem a qual propõe uma discussão sobre a construção de simulacros pelo uso de tecnologias e linguagens para elaboração de discursos.
Esta obra é composta por um urso panda de pelúcia envolto em um aquário de vidro, a fim de criar um distanciamento dos(as/es) interatores(as). Ao lado do aquário com o panda, uma televisão de tubo que reproduz recortes de conteúdos televisivos das décadas de 1980 e 1990 além de um comercial fictício a respeito do bicho de pelúcia do aquário – como forma de despertar uma falsa nostalgia e deslocamento anacrônico do objeto no observador.
Classificação: Livre
Esta obra é composta por um urso panda de pelúcia envolto em um aquário de vidro, a fim de criar um distanciamento dos(as/es) interatores(as). Ao lado do aquário com o panda, uma televisão de tubo que reproduz recortes de conteúdos televisivos das décadas de 1980 e 1990 além de um comercial fictício a respeito do bicho de pelúcia do aquário – como forma de despertar uma falsa nostalgia e deslocamento anacrônico do objeto no observador.
Classificação: Livre
CORPO-INÇO
Audrian Cassanelli
Audrian Cassanelli
Corpo-inço: resistência e metamorfose através do autorretrato fotográfico (2021) busca verificar possíveis relações dos inços com o corpo e assim reflete sobre os processos de criação de corpos híbridos entre humano e vegetal. Os nomeados corpo-inço se tornam modelos resistência com a criação de um corpo em metamorfose, ao observar os inços existentes nos entornos de monoculturas
Classificação: Livre
Classificação: Livre
ENTRE O VISÍVEL E O INVISÍVEL
Isabela Fadda
Isabela Fadda
Partindo das experiêcias com uso de máscaras faciais durante a pandemia, a artista apresenta um objeto vestível enquanto um dispositivo subversivo com o foco na discussão sobre aparência e enquanto transgressão à cultura de vigilância e controle. O objeto apresenta-se como uma joia contemporânea que pode ser utilizada para burlar a eficacia de tecnologias de reconhecimento facial apresentando uma dimensão de anonimato digital ao usuário como forma de liberdade. A autora entende a necessidade da discussão apresetada em decorrência das experiências vividas socialmente durante a pandemia, utilizadas a posteriori juntamente com justificativas para comercialização de tecnologias vigilantes enquanto ferramenta punitiva. A artista busca dar visibilidade a uma questão através do “invisível”, rompendo as barreiras entre essas dimensões.
Classificação: Livre
Classificação: Livre
CORPORVIR: sombras do amanhã
Andre Araujo e Celina Lage
Andre Araujo e Celina Lage
Único conjunto de 33 NFTs produzidos a partir de ferramentas digitais por dois artistas diferentes, em diversas linguagens, como pintura, desenho, fotografia e glitch. As séries dos artistas são constituídas como um conjunto, em diálogo, de modo que as formas de representação e fragmentação dos corpos se tornam o tema central.
A obra (2016-2022) demonstra a arte produzida e disseminada através das novas mídias, em forma de Arte Digital como NFTs (Tokens Não Fungíveis), que são uma espécie de certificado digital, estabelecido via blockchain, o que garante sua originalidade e exclusividade. Mais ainda, as obras são resultado de pesquisas e experimentações dos artistas sem relação as formas de criação, produção, edição, exibição e comercialização da arte que tem surgido.
Classificação: 18 anos
A obra (2016-2022) demonstra a arte produzida e disseminada através das novas mídias, em forma de Arte Digital como NFTs (Tokens Não Fungíveis), que são uma espécie de certificado digital, estabelecido via blockchain, o que garante sua originalidade e exclusividade. Mais ainda, as obras são resultado de pesquisas e experimentações dos artistas sem relação as formas de criação, produção, edição, exibição e comercialização da arte que tem surgido.
Classificação: 18 anos
DEVORAÇÃO
PC
PC
"Devoração" (2021) é um neologismo para o ato de devorar em oração, uma ação de devorar, uma sacralidade profana do ato de comer daquilo criado artificialmente e impróprio para a alimentação. Diante da mesa, de modo translúcido com fios a serem devorados sem que haja saciedade da fome, a nudez representa um ritual deslocado do que se espera em meio às fomes orgânicas: pela ânsia de alimentos ou virtuais, suscitadas pelas conexões dos territórios dos bytes.
Classificação: 16 anos
Classificação: 16 anos
JOGO PARA APLICATIVO DE CONTATO REMOTO
Criação coletiva Perímetro Móvel, vídeo de Fernando Gerheim e Renata Andrade
Criação coletiva Perímetro Móvel, vídeo de Fernando Gerheim e Renata Andrade
Desenvolvido coletivamente com as turmas dos cursos de pós-graduação em artes durante a pandemia em regime remoto (tendo sido construído um hotsite para abrigar o material e documentos de outras "partidas" que venham ser realizadas). O jogo específico que foi criado dentro da proposta geral chama-se "E-memo - Jogo da Memória e do Esquecimento". As INSTRUÇÔES DE JOGO (disponíveis em português e inglês) são auto-explicativas.
A obra apresenta também capturas de tela de uma "partida", assim como um vídeo com registro de uma segunda versão de "E-memo", onde cada "jogadxr", ao ser "revelado", apresentava algo relacionado à sua pesquisa artística desenvelvida na pós-graduação. A proposta foi de realizar como trabalho artístico no CIACT - 2022 uma (ou mais) partidas de "E-memo", jogadas online, utilizando como tabuleiro a tela, desestabilizando e refletindo assim tanto sobre o uso tradicional da mídia quanto sobre o estatuto da arte.
Classificação: Livre
A obra apresenta também capturas de tela de uma "partida", assim como um vídeo com registro de uma segunda versão de "E-memo", onde cada "jogadxr", ao ser "revelado", apresentava algo relacionado à sua pesquisa artística desenvelvida na pós-graduação. A proposta foi de realizar como trabalho artístico no CIACT - 2022 uma (ou mais) partidas de "E-memo", jogadas online, utilizando como tabuleiro a tela, desestabilizando e refletindo assim tanto sobre o uso tradicional da mídia quanto sobre o estatuto da arte.
Classificação: Livre