DESGOSTOS
ANDRE ARAUJO
FÍSICO/HÍBRIDO
Este trabalho, ainda em processo, é uma parte prática de uma pesquisa de pós-doutoramento que apresenta um diálogo entre o físico e o digital e que se instaura na produção de uma coleção de serigrafias que parte do digital. Todas as imagens foram criadas em um dispositivo móvel celular utilizando um aplicativo de desenho. Esses desenhos materializam-se em uma edição serigráfica tradicional física, e depois retornam ao digital na forma de NFT, GIF, animação e realidade aumentada.
[ENTER] THE VOID
ANDRÉ ARÇARI
FÍSICO/HÍBRIDO
Pensado para uma videoinstalação multicanal, '[Enter] The Void' consiste em um trecho da abertura do filme 'Enter the Void'. Montado na lógica do looping, a cartela inicial de títulos fica presa em si mesma num modelo sem saídas possíveis. Para o Seminário de Artes Digitais, um recorte de 10 minutos desse material é realizado.
SHOWCASE BIOARTE
ANA LUIZA PEDROSA CAMILO; EDUARDO SELLOS; EMANUELLE SILVA; FROIID; GABRIEL RIOS; PRISCILA REZENDE PORTUGAL; VINÍCIUS “APOS” VIANA
FÍSICO/HÍBRIDO
A Residência em Bioarte aconteceu durante a programação do VI Curso de Engenharia de Máquinas biológicas. Organizado pelo Laboratório Idea Real e a Fundação iGEM UFMG, a Residência foi uma correalização com o Laboratório de Poéticas Fronteiriças como ação extensionista do projeto MULTI|Lab. O MULTI|lab é um projeto de extensão da escola Guignard que parte de discussões do grupo de pesquisa em poéticas fronteiriças LabFront. O recorte curatorial feito pelo curador Pablo Gobira, em consonância com a pesquisa do Idea Real, teve como tema central “Memórias da arte e dos povos originários em território brasileiro, uma preservação da memória efêmera”. A partir das relações entre arte, design e artesanato, os residentes e cursistas exploraram, por meio da BioArte, elementos da estamparia, cestarias, grafismos e padronagens dos povos originários do território brasileiro, levando em consideração a realidade de constante perseguição e obliteração da memória desses povos. Assim, os resultados obtidos nessa residência foram desenhos em placa de petri com fungos modificados geneticamente para expressar cor.
FLORESTAR
ANELISSA CARDOSA; ANTONELA F.i CHIESA; BARBARAH DA SILVA ALVES; CRISTHIAN AYRES MACHADO; DANIELA AMARAL GOMES; DÉBORA AITA GASPARETTO; FABIO TRENNEPOHL; LUÍSA LOBATO PANEGALLI; MARINA TIEMI UCHIDA; VALENTINA ORTRIZ RIBEIRO; WILLIAM L. ANDREATTA
FÍSICO/HÍBRIDO
Aplicativo em realidade aumentada que utiliza imagens do satélite do INPE e insere virtualmente alguns dos animais ameaçados pelas queimadas na Amazônia. A proposta consiste em um quebra-cabeças, exposto em uma mesa e um aplicativo que lê as imagens e projeta sobre elas um modelo 3D.
IMPRESSÕES BIODIGITAIS
ARTUR CABRAL
FÍSICO/HÍBRIDO
Registros de bio-indicadores através de gravura, colhidos na região de Belo Horizonte, sobrepõem-se aos dados ambientais digitais captados na mesma paisagem.
TRANS_LUCIDEZ
BRUNA MAZZOTTI E JOSÉ LOURES
META
Somos um casal de artistas. Em 2020, quando ainda não namorávamos e estávamos sob o isolamento social, um de nós criou um trabalho nomeado “Micro_transa_ção” [https://www.joseloures.com/micro-transa-ção]: trata-se de uma série de 73 autorretratos em desenhos digitais, feitos dia após dia. O processo se deu por: 1) fazer uma selfie; 2) com referência ao que foi fotografado, desenhar com lápis sobre uma folha de papel; 3) digitalizar o desenho; 4) E, por fim, reforçar áreas através do Photoshop CS. Com esse material, 73 novos desenhos foram feitos, mas, agora, por outra de nós. Assim como a série original, a primeira e a segunda etapa do processo se repetiram, mas, em vez dos desenhos serem digitalizados e manipulados em um software, as folhas de papel foram sobrepostas uma a uma sobre as imagens da série original que eram exibidas na tela de um notebook – resultando, assim, em uma intervenção. Portanto, temos duplas de imagens onde autorretratos de um corpo feminino sobrepõem os autorretratos de um corpo masculino, em opacidades e transparências. Com esse fazer, dizíamos por imagens: "queremos estar juntos outra vez".
ABISSAL
CAMILA VERMELHO
META
Audiovisual que possui três camadas poéticas e de operação artística: é um vídeo em looping editado, feito a partir de imagens públicas do fundo do mar, reproduzidas na tela de um computador e captadas pela artista com o uso de uma câmera, preservando as características pixaleadas da tela; apresenta o áudio de uma transmissão radiofônica feita por um transmissor analógico artesanal de baixa potência, operado por meio de um console digital conectado a um smartphone, cujo som transmitido é a reprodução de um arquivo sonoro digital criado a partir de duas pistas de áudio; é performance, com o corpo da artista interferindo tanto na emissão sonora do transmissor como na sua recepção, com um rádio receptor, criando outro campo interferente de ondas eletromagnéticas propagadas pelo ar – ou seja, um corpo transiente, que propiciou aquele tipo de dispositivo sonoridade com a sua presença corpórea.
CAVALO, COCO, BANANA, ÁRVORE, PESSOAS, ARTE
CAMILLE VENTURELLI; CORA VENTURELLI; REVOLUTION; STABLE DIFFUSION; SUZETE VENTURELLI
FÍSICO/HÍBRIDO
A animação Cavalo, coco, banana, árvore, pessoas, arte é um Projeto de IA ARTE, cujo roteiro foi elaborado a partir de uma história real, de um sonho de vida onde o protagonista é um cavalo chamado Revolution, que cuida de crianças e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no projeto social Movimento quoterapia. Revolution tem 21 anos e está com a sua mãe humana há 18 anos. Juntos trabalharam em vários lugares de atividades equestres e de Equoterapia, até que no ano de 2022, conseguiram ir morar juntos num rancho. Revolution vive em Brasília, no Lago Oeste, com a sua irmã Cora e a sua mãe Camille. Ele é o mais velho. A avó Suzete sempre visita o rancho, onde tudo acontece, pois mora em São Paulo. No ambiente onde moram, nasce a poética da animação, que traduz a paixão e o respeito pelas pessoas e pela natureza, juntamente com o desejo de divulgar os benefícios que os cavalos promovem para as pessoas, numa perspectiva de conscientização e valorização da coexistência entre animais, vegetais, humanos e máquinas sencientes. Apresentar e expor esta história de amor por meio da animação, elaborada em conjunto com uma inteligência artificial, corrobora com a ideia de que por meio da arte pode-se contar histórias de dedicação ao próximo, pelas espécies companheiras, como citado por Donna Haraway. No Manifesto das Espécies Companheiras, a autora discorre sobre a implosão da natureza e da cultura na vida conjunta de animais e pessoas, que estão ligados em “alteridade significativa”. A animação foi elaborada com Stable Diffusion que é um modelo para Inteligência Artificial, código aberto, treinado para colaborativamente traduzir uma história escrita textualmente, como a contada aqui, em imagens em movimento. As palavras-chave cavalo, coco, banana, árvores, pessoas, arte, foram as utilizadas. Nesta obra, além do texto e palavras-chave, a partir de banco de dados público e fotografias pessoais do Revolution, Cora, Camille, coco, banana e natureza foi possível criar um trabalho singular, onde o espectador se sente cavalgando. Stable Diffusion é um modelo de aprendizado profundo (deep learning) de texto para imagem lançado em 2022. Ele é usado principalmente para gerar imagens detalhadas condicionadas a descrições de texto, embora também possa ser aplicado a outras tarefas, como inpainting, outpainting, e geração de imagem para-imagem. O modelo foi elaborado por CompVis, Stability AI e LAION.
“VC ME VÊ ALÉM DOS CÓDIGOS_?”
CAVI BRANDÃO
FÍSICO/HÍBRIDO
O trabalho consistirá em uma instalação composta por dois trabalhos distintos que se complementam. O primeiro, intitulado de "Digitalis", são pinturas objetuais de pequeno formato (21 x 17 x 4 cm) feitas em óleo sobre placas eletrônicas. Nessas placas, que se transformam em espaços habitáveis e claustrofóbicos, são pintados corpos cujas faces são substituídas por códigos. Derivado dessa série, o segundo trabalho é uma pintura em médio formato (80 x 60 cm) feita em encaustica sobre MDF. Replicando e ampliando o formato das placas eletrônicas, a pintura “Vc me vê além dos códigos_?”, que também nomeia a instalação, é uma obra interativa. Sobre a superfície pictórica, alguns espelhos são grudados para refletir a imagem do visitante, que ao se confrontar e observar o trabalho, completará a obra com sua imagem refletida em meio a pintura.
RUMORES (DO ANTROPOCENO)
CENDRETTI
FÍSICO/HÍBRIDO
2 canais: uma fresta e um memento. 1º canal, uma fresta na parede, voyerismo da vida selvagem. 2º canal, uma mensagem já anunciada: acabou, meu amor.
MÁQUINA PSICONEUROMIDIACRÁTICA DO FIM DO MUNDO
CHICO MARINHO; ITALO TRAVENZOLI; LUIZ FLÁVIO FREITAS
FÍSICO
Escultura reativa com microcontrolador e dispositivos eletromecânicos, pau, pedra e ferro.
“DEFECATING BLOOG, OIL AND NANOROBOTS” – POSTHUMAN TANTRA
CIBERPAJÉ E FREDÉ CF
META
Este trabalho de videoarte intitulado “Defecating blood, oil and nanorobots”, utiliza a música homônima da banda PostHuman Tantra como ponto de partida para o conceito. A música resgata sons electro-industriais digitais criados no emblemático álbum “Pissing Nanorobots” (2004) reconfigurando-os para o panoroma atual opressivo e extremista do “Binarismo Anticósmico”. Na narrativa usamos metáforas visuais e sonoras para pensar e representar algumas relações tóxicas do ser humano para com a biosfera, com ênfase na destruição, desequilíbrio, desconexão e crise socioambiental.
PSICOPATA X EMPATA
CIBERPAJÉ E CNS
FÍSICO/HÍBRIDO
Animação experimental e videoclipe do projeto musical Ciberpajé. A obra parte de uma das músicas lançadas no EP Desdogmas, criado em parceria com a banda Diavolos, do Rio de Janeiro. O videoclipe é uma produção do grupo de pesquisa Cria_Ciber (UFG) e Lunare Music, tem direção e animação a cargo do Ciberpajé (Edgar Franco) e de CNS (Diogo Soares), mentor da banda Nix's Eys e arquiteto que já havia trabalhado com o Ciberpajé nas animações em rede neural "O Enterro dos Deuses", obra pioneira no Brasil no uso dessa tecnologia e finalista do Prêmio Le Blanc na categoria curta de animação 2020, e "(In)Finitum", que foi selecionada para 13 festivais internacionais, e finalista em festivais na Itália, Espanha e Peru. Como nas animações anteriores, a base conceitual é o universo ficcional transmídia e mágicko da Aurora Pós-Humana, utilizado como contexto para as criações artísticas e ações mágicko-ritualísticas do Ciberpajé. O vídeo instaura-se como um sigilo-mágicko baseado em uma estrutura de passes mágickos encenados durante a animação e criados para a Aurora Pós-Humana inspirados em gestualidade apropriada e reconfigurada a partir do “Posismo”, um dos princípios da magia ocultista de Paschal Beverly Randolph, e também dos passes mágicos de Carlos Castaneda.
ENTROPIA
CRISTIANE DUARTE E ROLF SIMÕES
META
“Entropia" é uma obra de arte digital interativa baseada no conceito computacional de autômato celular. A obra trata da criação de imagens a partir da mudança de estados dos autômatos, explora as questões de ordem e desordem, crise e profusão, a partir de uma concepção informacional. Aqui o conceito de entropia é representado como um estado de desordem crescente ao longo do tempo. A desordem de um sistema pode ser relacionada ao número de combinações possíveis dos microestados que ele pode assumir. Aumentar a desordem de um sistema, “inserindo crises”, significa aumentar a combinatória de inúmeros microestados que cada elemento do sistema pode apresentar. Os autômatos celulares usados são conhecidos como "classificadores de densidade" e são governados por regras de interação que os faz convergir para um estado absorvente, aquele encontrado com maior abundância em um dado instante de tempo. Ao reduzir as combinações possíveis de seus microestados, este tipo de autômato celular tem a propriedade de reduzir naturalmente a entropia do sistema. É através da captura dos sons, que o interator controla o nível de ruído e, consequentemente, a capacidade do sistema de alterar o seu estado de desordem.
TEMPO
DÉBORA AITTA GASPARETTO
META
O projeto explora uma paisagem tridimensional, composta por vários registros fotográficos. Ela aprisiona o usuário, ao mesmo tempo em que o convida a criar escapes para fugir ou construir em um mundo aberto, mas inicialmente sufocante. As fotografias que compõem as paredes desse cubo fechado foram registradas pela autora durante as poucas saídas durante a pandemia COVID-19, todas as fotos da mesma paisagem: uma casa abandonada em meio às montanhas, em todas as estações do ano e várias horas do dia. A proposta é pensar a passagem do tempo, a fuga e a paisagem em mundos abertos.
PAISAGENS IRREAIS
DIEGO VINICIUS
FÍSICO/HÍBRIDO
Fotografias de diversos lugares, paisagens ordinárias, que são editadas e alteradas através de edições e pintura digital no Photoshop e outros softwares de manipulação de imagem, resultando em uma imagem de característica fantástica e que se distancia do lugar real.
Dimensões: Aproximadamente 33x25x6 cm.
SEM TÍTULO
ERICA MODESTO
FÍSICO
Corte à laser sobre espadas de São Jorge.
O RETORNO DO PROFETA EZEQUIEL
FIDELIS ALCANTARA
FÍSICO
O retorno do Profeta Ezequiel é uma performance que busca mesclar textos do livro de Ezequiel, profeta Bíblico que pregava sobre a construção de uma nova sociedade depois da queda de Israel e o exílio na Babilônia, com reinvindicações de movimento sociais que enfrentam as desigualdades em que vivemos. Com forte crítica ao sistema capitalista, as performances são realizadas em espaços públicos onde busco apresentar as contradições sociais em que vivemos e a referência Bíblica de outro tempo de grande crise e perca de esperança nas possibilidades futuras. Para construir uma nova sociedade é preciso romper com a anterior e criar novas referências, o Profeta Ezequiel tentou demonstrar esta necessidade em seus textos que agora busca adaptar a nossa realidade, para tanto é preciso dominar as novas tecnologias utilizadas pela humanidade para que possa espalhar a palavra para o maior número de pessoas.
“VIAGEM INTERPLANETÁRIA (TRANSMUTATIONAL LYCANTHROPY)”
FREDÉ
META
Alucinações. Sonhos. Portais. Metamorfoses. Inteligências naturais e artificiais. Intersecções. Uma viagem licantrópica pelas realidades validada, virtual e vegetal. Transmutações transdimensionais. Meditações viscerais. Uma rota de escape onírica à MekHanTropia instituída. Uivos e movimentos de fruição do agora. Deslocamentos conceituais para absorção de temas cotidianos que cada instante nos traz. Um brinde ao Caos! Ao que se desfaz. À impermanência. Ao fugaz.
Hallucinations. Dreams. Portals. Metamorphoses. Natural and artificial intelligence. Intersections. A lycanthropic journey through validated, virtual and vegetal realities. Transdimensional transmutations. Visceral meditations. An oniric escape route from established MekHanTropia. Howls and movements of enjoyment of the now. Conceptual shifts to absorb everyday themes that every moment brings us. Cheers to Chaos! What falls apart. To impermanence, to the fleeting.
DATA VENIA
GABRIEL SANTANA
FÍSICO/HÍBRIDO
Este trabalho é formado por um conjunto de fotos retiradas do Arquivo Público Mineiro e manipuladas digitalmente de modo a criar narrativas diversas e irreais do nosso passado. Desta forma, o trabalho simula um arquivo de processo contendo as provas fotográficas de manipulação da história brasileira, por parte do réu fictício em julgamento.
O FIM DA AVENTURA HUMANA NA TERRA
GABRIEL SANTANA E HENRIQUE SANTANA
FÍSICO/HÍBRIDO
Esta obra se trata de uma obra interativa em formato web, no qual se cria uma espécie de oráculo sobre o colapso da humanidade, de fatores ambientais, geopolíticos e sociais que podem levar ao fim da aventura humana na terra. Para exposição se trata de instalação de computador para navegação da plataforma pelo público.
SÉRIE AUTOVIGILÂNCIA
GABRIELA JOÃO
META
A série é composta por 3 animações em loop, feitas a partir de um bug (defeito) no pincel do software livre de edição de imagem utilizado (GIMP) na criação dos desenhos. Cada animação explora um movimento. Os desenhos dos movimentos são sobrepostos sobre imagens em vídeo da rua, desafiando a objetificação, sexualização e exclusão de pessoas feminizadas nesses espaços. A série se chama Autovigilância, aludindo à internalização do olhar objetificante e tratamento violento a que pessoas feminizadas são submetidas na rua e em casa.
INQUILINUS
IGOR REIS
FÍSICO
Cerâmica, madeira, aço galvanizado, cera de abelha, dispositivo de áudio, leds
Duração: 6h
Dimensões: 140 x 60 x 45cm
Do L. INQUILINUS, de IN, “em”, mais -QUIL-, forma combinante de COLERE, “morar”. Ecologia. Organismo que se utiliza de outro corpo sem que haja prejuízo para o corpo em que habita. Como desdobramento da série de trabalhos denominada "Habitáveis" onde esculturas cerâmicas são utilizadas como estruturas arquiteturais para que abelhas possam se aninhar. No presente trabalho, "Inquilinus" explora relações sensoriais entre a escultura e o espaço a partir do som e da luz, reverberando do interior da escultura para o ambiente sons e ruídos de abelhas nativas, especificamente a Tubuna do gênero Scaptotrigona Bipunctata.
SIMBIOSE #9
IGOR REIS
FÍSICO/HÍBRIDO
Simbiose #9 é uma escultura da série "Habitáveis" (Bioarte e Arte Ambiental) produzida em cerâmica de alta temperatura(1280ºC). O trabalho faz parte de uma pesquisa permanente iniciada em 2018-2023, mas ainda inédita, que investiga relações colaborativas entre esculturas cerâmicas e abelhas nativas brasileiras, também chamadas de abelhas sem-ferrão, de modo que as abelhas escolhem e nidificam dentro da escultura de maneira viver em seu interior. Para o Panorama Ciact-2023, proponho a exposição de uma dessas esculturas a "Simbiose #9"(2023), sem a presença de abelhas. Porém, proponho a inserção de um QR code junto a ficha técnica do trabalho que direcionará o visitante para um vídeo, em formato para mídias móveis. O vídeo, é um registro de esculturas já nidificadas e com presença de abelhas e outras, em ambiente natural, a espera do acontecimento.
PROJETO <ATER> ARTE TECNOLOGIA E REDES SOCIAIS
LARISSA MACÊDO E LUCAS CASTRO
META
<ater> é um trabalho de crítica social e institucional que articula uma discussão e uma investigação teórico-prática relacionadas aos impactos da inteligência artificial no mapeamento e circulação da produção de artistas racializados (negros e indígenas) brasileiros nas redes sociais. O projeto <ater> é o primeiro trabalho experimental da série <ater> desenvolvido ao longo de 2022 com conclusão em março de 2023. Trata-se de uma intervenção artística que consiste em uma plataforma on-line (www.projetoater.com.br); um protótipo de software baseado em inteligência artificial, com linguagem algorítmica de código aberto e uso livre; um programa educativo com encontros gratuitos e abertos ao público e um perfil no Instagram (@projetoater) com os compartilhamentos do processo, ações, reflexões e interação com o público. O projeto <ater> foi contemplado pelo Edital 36/2021 do ProAC Editais - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
CAPITAL NATURAL
LUA
FÍSICO/HÍBRIDO
Capital Natural foi desenvolvido para o instituto modefica, sendo uma capa de uma das matérias do site, diz muito sobre os danos ambientais acarretados pela busca incessante de capital, visando a destruição do ecossistema perante a dominação do homem - estado. Dessa forma a arte/ colagem foi desenvolvida buscando transparecer as nuances principais do texto, evidenciando em sua centralidade o ''inimigo'' central das vegetações, fauna e flora, representados em sua destruição nas imagens ao fundo.
GRAU ZERO DA IMAGEM
LUCIANA DE PAULA SANTOS
FÍSICO/HÍBRIDO
Grau Zero da Imagem é um filme em processo, que fala do processo de construção do nosso olhar em plena transição de uma sociedade disciplinar para uma sociedade de controle. Baseado na Imagem Pobre de Hito Steyerl esse filme vai no contra-campo do discurso tecno-científico da alta resolução tecnológica e busca as brechas poéticas, os erros, o glitch, a "imagem suja" e decolonial dos processos que escapam à pura técnica que formata nosso olhar nas sociedades tecnocientificas.
TUDO QUE É LUZ DESMANCHA NO PIXEL
LUCIANO MARIZ; CAIO VINÍCIUS; MARCOS VINÍCIOS CACHO
FÍSICO/HÍBRIDO
“Tudo que é luz desmancha no pixel – Totem” trata de uma performance audiovisual resultado de uma ação de performance multidisciplinar e multimidiática intitulada Tudo que é luz desmancha no pixel. A performance parte de uma provocação elaborada por um professor e dois alunos no curso de Arte e Mídia, da Universidade Federal de Campina Grande, onde se propõe promover o diálogo entre gerações da imagem em movimento para observar as emergências audiovisuais que estes formatos de imagem podem provocar, mediante um sistema técnico elaborado para tal ação. A videoarte é uma expressão do obsoleto que foi provocada pelo resgate de dispositivos tecnológicos descartados. O resgate surge pela provocação em tentar por meios experimentais, expandir sua potência e apresentar poéticas por meio de proposições estéticas. Para isto a abordagem temática se estabelece em torno da luz, que é apresentada como fundamento raiz da imagem em movimento, dos primórdios à revolução da eletrônica, digitalização e virtualização dos processos. Das cavernas às virtualidades, a luz sofre processos transdutivos e este experimento trata de pensar nesse lugar de fragmentação e construção de outros territórios para expressão audiovisual.
COMO VER A NOITE
MARÍA CASAS CASTILLO
FÍSICO/HÍBRIDO
No imenso Vale do Guadiana, três vigilantes da natureza passam o dia à procura de uma criatura escondida. Por meio de diversos aparelhos, eles monitoram todos os movimentos de um mundo que só se mostra à noite. Quando os humanos dormem, os animais saem para tomar conta da terra que um dia lhes pertenceu. Este curta-metragem retrata a luta entre o ser humano e a natureza, o visível e o invisível.
JOGO DO ACESSO
MARINA POLIDORO E AUGUSTO DE OLIVEIRA
META
Este é um projeto interativo 2D desenvolvido em Processing sobre desigualdade de presença no Parlamento brasileiro de um ponto de vista interseccional. O jogador escolhe características adescritivas (como gênero e raça) e adquiridas (como ocupação, instrução e patrimônio) de um candidato a deputado federal. O jogo consiste em um labirinto de obstáculos que separa o jogador do seu objetivo, o Parlamento. Ao definir as características do seu candidato na tela inicial, o labirinto é formado com um número de obstáculos que reflete matematicamente a desigualdade na representação política. O grau de dificuldade do jogo reflete essas desproporções representativas acarretadas pelas características sociais em cada grupo no momento político (eleições de 2018 e 2022).
ERA VERÃO MAS NÃO FAZIA SOL EM SHANGRI LÁ
MATHEUS MONTANARI
META
Video Arte, core e som, 3’27”.
Neste trabalho, o clima se torna um dos agentes artísticos, traçando linhas entre a utópica cidade literária no alto do Tibete, a praia no litoral gaúcho e as montanhas do Parque Yosemite no EUA. Tensionamos a relação entre o natural e o artificial. Em meio a grãos de areia e grãos de ruído pixelizado, utilizamos redes generativas adversas cíclicas (cycle GANs) para construir um conjunto imagético onírico em busca do sol de Shangri Lá. As redes de inteligência artificial utilizadas no projeto são treinadas com imagens de diferentes estações do ano no no Parque Yosemite. A partir desse conjunto de dados, elas competem entre si para alterar artificialmente qualquer imagem com estações do ano opostas, até que uma convença a outra da naturalidade de sua artificialização. Sem referências das estações de um clima subtropical do hemisfério sul, o algoritmo se perde, criando paisagens surrealistas de dunas de neve, e mares de nuvens.
MetAtopCit
MATHEUS MORENO
META
A série de imagens MetAtopCit, apresenta cenas urbanas pós-humanas atópicas, evidencias de hibridizações e deslocamentos espaço-temporais eventuais e efêmeros. Registro do instante fruto da sobreposição da diversidade de materiais, técnicas e estilos arquitetônicos, com sua multiplicidade de sistemas estruturais e energéticos. Evidenciando um metaecossistema, resultante de conexões e interações entre ecossistemas, numa simbiose entre entidades e ambientes. Visualmente associados, no aprendizado compartilhado entre seus elementos, sistemas e organismos. Explorando a geração de imagens com Inteligência Artificial, como método de design que provoca interseções entre tecnologia, arte, arquitetura, paisagismo, urbanismo e natureza. Para ilustrar a posição e o papel da Inteligência Artificial na pós-humano, experimentando os limites e potenciais desta ferramenta, visando produzir metaarquiteturas transorgânicas. Agenciando processos e “projetos” de mundos, concebidos por conexões e colaborações entre indivíduos humanos ou não, tecnologias e ambientes. Percorre-se assim, neste território sem a autoria pura do indivíduo humano, associando coisas de diversos campos e ciências. Cibridações entre mídias analógicas e digitais. MetAtopCit, apresenta arranjos e composições de organismos e metaestáveis, topologias informacionais dinâmicas, pontos variáveis de tensões e trocas eventuais complexas, entre si. Imagina-se assim, habitats integrados a natureza, cidades transorgânicas, onde os limites entre a cognição humana e computacional não são tênues.
GLOSASRIO: COSMOGRAFIA DE EPÓNIMOS
MAX WALDMANN
FÍSICO/HÍBRIDO
A publicação “Glosasrio: Cosmografia de Epónimos” apresenta um conjunto de epónimos, 80 já existentes e 20 criados pelo artista, junto de imagens escurecidas chamadas de Palimpsestos para remeter a fotos do Cosmos. O projeto explora as possíveis conexões entre conhecimentos que surgem na mente de cada indivíduo, criando uma cartografia única de sua psique - e até mesmo das crises de conhecimento que surgem ao habitarmos o espaço digital em que a fronteira entre realidade e ficção se torna cada vez mais enevoada. Sendo a origem da palavra ‘Cartografia’, a Cosmografia é representada pelos palimpsestos - termo que descreve papiros raspados para reutilização - anexados a cada termo. As imagens, leia: palimpsestos, usam de conceitos da Cultura do Remix e Creative Commons digital para degradar imagens relacionadas ao seu respectivo epónimo, sobrando somente os pixels como estrelas e constelações no céu noturno.
AMAZON LITTLE PLANET IA
MAXIMÍLIAN RODRIGUES
FÍSICO/HÍBRIDO/META
As séries “Amazon Little Planet IA” e “Manaus Little Planet IA” retratam as experimentações com as imagens geradas por inteligência artificial, diante dos comandos digitados com as características de uma poética voltada para as imagens circulares da paisagem amazônica, a água, a cidade numa relação com a floresta. As possibilidades de criação geradas por “IA” levam à um caminho de coautoria na construção das imagens, das paisagens, bem como as distorções que surgem.
URGE _ MONOTIPIAS SONORAS
MAY HD
META
A partir de uma série de NFTs será formatada a instalação 3d URGE _ MONOTIPIAS SONORAS da artista multimídia Andrea May. A obra poderá ser visitada em um ambiente imersivo/ interativo de percursos ruidosos. O acesso (link) será disponibilizado na expo PANORAM4 [METAVERSO/Ambiente 3D] - 8º CIACT-SAD 2023.
FREEDOM
PATRÍCIA SIQUEIRA
FÍSICO/HÍBRIDO
“Freedom” é um trabalho de vídeo/dança/arte, que trata de uma questão muito preciosa para nós - a liberdade. Sensação de falta de ar, de falta de liberdade, de prisão, de impotência. Corpo em crise, preso, sufocado, sem espaço, sem opção.
ALFA TRANS
RAPHAEL FERREIRA
META
Videoarte com tons binaurais para favorecer mudança de gênero em tons alfa.
MANIFESTO TECNO-SOUND-CÊNICO DOS TUPIBOABAS
REGILAN DEUSAMAR
FÍSICO/HÍBRIDO
O Manifesto Tecno-Sound-Cênico dos Tupiboabas foi uma performance cênica selecionada através de edital para apresentação no evento Poente Cultural da UFMG. A performance foi apresentada em setembro de 2022 no Museu Casa Padre Toledo em Tiradentes, Minas Gerais. Para a proposta artística do 8º CIACT utilizaremos "manequins-personagens" que irão expor as vestes de Ariadne, Costureira e DJ, configurando a atmosfera cênica da chegada de Halley, cometa mudança. A exposição terá uma voz narrativa gravada que irá conferir a atmosfera teatral: no ano de 2061, na noite em que o cometa Halley irá atravessar a atmosfera terrestre, a costureira e o DJ irão conectar suas máquinas para produzir um campo energético entre passado e futuro que possa resgatar a fraternidade perdida entre Emboabas e Tupinambás. No centro da cena Ariadne irá tecer o fio que irá ajudá-la a atravessar a janela do tempo-espaço, tocar a cauda do cometa, voltar e reescrever o Manifesto Pau-Brasil, para promover a concórdia Tupiboaba.
SUR-REAL EM TEMPO REAL!
ROSILENE SOUZA
FÍSICO/HÍBRIDO
A série sur-REAL em tempo REAL!, é composta por 15 fotocolagens coloridas e digitais, seguidos de poemas, nas dimensões 9x11. Estes retratam a fantasia digladiando com a realidade que dependendo do olhar resulta em um poema. O trabalho perpassa pela apropriação de imagens, pintura digital, colagem e poesias, cujo objetivo é despertar variadas possibilidades de percepção e ressignificação de estar, interferir e questionar o mundo e sua existência, dando vazão a um campo multissensorial de significados estéticos e poéticos.
SAMBA
ALÍCIA SILVA; SABRINA GOMES, WGNR, YASMINE EVARISTO
FÍSICO/HÍBRIDO
Este trabalho é uma atividade que está sendo produzida pelo EPEJA – Estudos de Poética, Edição, Jogo e Arte que é um grupo que se interessa em investigar as poéticas contemporâneas; os processos de edição; os jogos – com destaque para os digitais; e as artes – principalmente aquelas ligadas ao audiovisual e à fotografia; em suas respectivas expressões impressas e digitais. samba é a proposta de se realizar um livro de artista que se apresente como resultado de interações digitais e físicas. A partir do uso dos softwares Blender, Thinkercard para se produzir uma modelagem inicial, seguida de seu refinamento no trato com a linguagem verbal, e o preparo do protótipo digital para o enviar para a impressora 3D por meio do Ultimaker Cura. Como resultado, estamos produzindo cilindros poéticos tridimensionais que serão expostos. Além desses cilindros, chamados de atabaques poéticos, disponibilizaremos o áudio dos textos verbais, assim como uma projeção visual dos mesmos para que o público possa interagir com a obra de diversas formas. Também estamos produzindo um livro físico a partir da seleção de material gráfico de onde serão produzidas as imagens a serem projetadas. Este objeto será de papel e o seu projeto gráfico dialogará com os atabaques poéticos, bem como com a temática principal, o samba. Desse modo, consideramos apontar caminhos para o se pensar a crise da arte, sob a perspectiva dos processos editoriais, e caminhos possíveis a serem construídos.
Anamnesis: IV – LER (Série Anamnese)
SANDRO BOTTENE
META
Este trabalho faz parte da série “Anamnese”, a qual se constitui por um estudo autobiográfico sobre o meu corpo e as minhas dores. O tríptico “Anamnesis: IV – LER” apresenta três fotografias dispostas em pranchetas, sendo que estas são expostas sob a perspectiva de um prontuário clínico. A narrativa desse trabalho se dá pelo recorte visual entre imagem/texto e a performatividade corporal entre repouso/ação criada pela gestualidade das mãos. A inserção das teclas do computador faz menção à Lesão por Esforço Repetitivo, responsável pela dor crônica no punho e na mão. A presença da aréola com espinhos propõe uma estética da dor que se vincula à subjetividade do ofício de cacticultor e à construção da identidade poética “Garoto-cacto” que, por sua vez, integra parte da pesquisa do Doutorado em Artes Visuais pelo PPGART/UFSM, Linha de Pesquisa Arte e Transversalidade, que tem por título “O espinho que (trans)brota do pensamento ao corpo”.
PAISAGEM HISSEN 筆洗
SHIITI
FÍSICO
Instalação com luz, vidro, nanquim, tempo e memória.
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ALINHAVANDO MEMÓRIAS
TAINÁ LUIZE
FÍSICO/HÍBRIDO
A obra têxtil eletrônica convida o visitante a emprestar sua voz para uma costura sonora, utilizando trechos de cartas dos avós da artista, falecidos durante a pandemia. A obra é um convite à reativação de memórias não vividas e à reflexão sobre as perdas causadas pela Covid-19.
LUZES FLUTUANTES DE ISMÁLIA
TAINHA
FÍSICO
Instalação em realidade virtual.
MANIFESTO MUTUALÍSTICAS
THATIANE MENDES
FÍSICO
Em Relações multualísticas há simbiose entre corpos, plantas medicinais, fungos e tecidos. Crochês - heranças têxteis são colocadas em convívio com micro-organismos vivos, fungos Djamor e ganoderma que, em laboratório, com situações específicas de temperatura e luz, germinam, reproduzem, crescem, criam novas formas e pigmentam.
CORPO/CASCA
VITÓRIA FERRON
FÍSICO
Bioescultura.
ANDRE ARAUJO
FÍSICO/HÍBRIDO
Este trabalho, ainda em processo, é uma parte prática de uma pesquisa de pós-doutoramento que apresenta um diálogo entre o físico e o digital e que se instaura na produção de uma coleção de serigrafias que parte do digital. Todas as imagens foram criadas em um dispositivo móvel celular utilizando um aplicativo de desenho. Esses desenhos materializam-se em uma edição serigráfica tradicional física, e depois retornam ao digital na forma de NFT, GIF, animação e realidade aumentada.
[ENTER] THE VOID
ANDRÉ ARÇARI
FÍSICO/HÍBRIDO
Pensado para uma videoinstalação multicanal, '[Enter] The Void' consiste em um trecho da abertura do filme 'Enter the Void'. Montado na lógica do looping, a cartela inicial de títulos fica presa em si mesma num modelo sem saídas possíveis. Para o Seminário de Artes Digitais, um recorte de 10 minutos desse material é realizado.
SHOWCASE BIOARTE
ANA LUIZA PEDROSA CAMILO; EDUARDO SELLOS; EMANUELLE SILVA; FROIID; GABRIEL RIOS; PRISCILA REZENDE PORTUGAL; VINÍCIUS “APOS” VIANA
FÍSICO/HÍBRIDO
A Residência em Bioarte aconteceu durante a programação do VI Curso de Engenharia de Máquinas biológicas. Organizado pelo Laboratório Idea Real e a Fundação iGEM UFMG, a Residência foi uma correalização com o Laboratório de Poéticas Fronteiriças como ação extensionista do projeto MULTI|Lab. O MULTI|lab é um projeto de extensão da escola Guignard que parte de discussões do grupo de pesquisa em poéticas fronteiriças LabFront. O recorte curatorial feito pelo curador Pablo Gobira, em consonância com a pesquisa do Idea Real, teve como tema central “Memórias da arte e dos povos originários em território brasileiro, uma preservação da memória efêmera”. A partir das relações entre arte, design e artesanato, os residentes e cursistas exploraram, por meio da BioArte, elementos da estamparia, cestarias, grafismos e padronagens dos povos originários do território brasileiro, levando em consideração a realidade de constante perseguição e obliteração da memória desses povos. Assim, os resultados obtidos nessa residência foram desenhos em placa de petri com fungos modificados geneticamente para expressar cor.
FLORESTAR
ANELISSA CARDOSA; ANTONELA F.i CHIESA; BARBARAH DA SILVA ALVES; CRISTHIAN AYRES MACHADO; DANIELA AMARAL GOMES; DÉBORA AITA GASPARETTO; FABIO TRENNEPOHL; LUÍSA LOBATO PANEGALLI; MARINA TIEMI UCHIDA; VALENTINA ORTRIZ RIBEIRO; WILLIAM L. ANDREATTA
FÍSICO/HÍBRIDO
Aplicativo em realidade aumentada que utiliza imagens do satélite do INPE e insere virtualmente alguns dos animais ameaçados pelas queimadas na Amazônia. A proposta consiste em um quebra-cabeças, exposto em uma mesa e um aplicativo que lê as imagens e projeta sobre elas um modelo 3D.
IMPRESSÕES BIODIGITAIS
ARTUR CABRAL
FÍSICO/HÍBRIDO
Registros de bio-indicadores através de gravura, colhidos na região de Belo Horizonte, sobrepõem-se aos dados ambientais digitais captados na mesma paisagem.
TRANS_LUCIDEZ
BRUNA MAZZOTTI E JOSÉ LOURES
META
Somos um casal de artistas. Em 2020, quando ainda não namorávamos e estávamos sob o isolamento social, um de nós criou um trabalho nomeado “Micro_transa_ção” [https://www.joseloures.com/micro-transa-ção]: trata-se de uma série de 73 autorretratos em desenhos digitais, feitos dia após dia. O processo se deu por: 1) fazer uma selfie; 2) com referência ao que foi fotografado, desenhar com lápis sobre uma folha de papel; 3) digitalizar o desenho; 4) E, por fim, reforçar áreas através do Photoshop CS. Com esse material, 73 novos desenhos foram feitos, mas, agora, por outra de nós. Assim como a série original, a primeira e a segunda etapa do processo se repetiram, mas, em vez dos desenhos serem digitalizados e manipulados em um software, as folhas de papel foram sobrepostas uma a uma sobre as imagens da série original que eram exibidas na tela de um notebook – resultando, assim, em uma intervenção. Portanto, temos duplas de imagens onde autorretratos de um corpo feminino sobrepõem os autorretratos de um corpo masculino, em opacidades e transparências. Com esse fazer, dizíamos por imagens: "queremos estar juntos outra vez".
ABISSAL
CAMILA VERMELHO
META
Audiovisual que possui três camadas poéticas e de operação artística: é um vídeo em looping editado, feito a partir de imagens públicas do fundo do mar, reproduzidas na tela de um computador e captadas pela artista com o uso de uma câmera, preservando as características pixaleadas da tela; apresenta o áudio de uma transmissão radiofônica feita por um transmissor analógico artesanal de baixa potência, operado por meio de um console digital conectado a um smartphone, cujo som transmitido é a reprodução de um arquivo sonoro digital criado a partir de duas pistas de áudio; é performance, com o corpo da artista interferindo tanto na emissão sonora do transmissor como na sua recepção, com um rádio receptor, criando outro campo interferente de ondas eletromagnéticas propagadas pelo ar – ou seja, um corpo transiente, que propiciou aquele tipo de dispositivo sonoridade com a sua presença corpórea.
CAVALO, COCO, BANANA, ÁRVORE, PESSOAS, ARTE
CAMILLE VENTURELLI; CORA VENTURELLI; REVOLUTION; STABLE DIFFUSION; SUZETE VENTURELLI
FÍSICO/HÍBRIDO
A animação Cavalo, coco, banana, árvore, pessoas, arte é um Projeto de IA ARTE, cujo roteiro foi elaborado a partir de uma história real, de um sonho de vida onde o protagonista é um cavalo chamado Revolution, que cuida de crianças e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no projeto social Movimento quoterapia. Revolution tem 21 anos e está com a sua mãe humana há 18 anos. Juntos trabalharam em vários lugares de atividades equestres e de Equoterapia, até que no ano de 2022, conseguiram ir morar juntos num rancho. Revolution vive em Brasília, no Lago Oeste, com a sua irmã Cora e a sua mãe Camille. Ele é o mais velho. A avó Suzete sempre visita o rancho, onde tudo acontece, pois mora em São Paulo. No ambiente onde moram, nasce a poética da animação, que traduz a paixão e o respeito pelas pessoas e pela natureza, juntamente com o desejo de divulgar os benefícios que os cavalos promovem para as pessoas, numa perspectiva de conscientização e valorização da coexistência entre animais, vegetais, humanos e máquinas sencientes. Apresentar e expor esta história de amor por meio da animação, elaborada em conjunto com uma inteligência artificial, corrobora com a ideia de que por meio da arte pode-se contar histórias de dedicação ao próximo, pelas espécies companheiras, como citado por Donna Haraway. No Manifesto das Espécies Companheiras, a autora discorre sobre a implosão da natureza e da cultura na vida conjunta de animais e pessoas, que estão ligados em “alteridade significativa”. A animação foi elaborada com Stable Diffusion que é um modelo para Inteligência Artificial, código aberto, treinado para colaborativamente traduzir uma história escrita textualmente, como a contada aqui, em imagens em movimento. As palavras-chave cavalo, coco, banana, árvores, pessoas, arte, foram as utilizadas. Nesta obra, além do texto e palavras-chave, a partir de banco de dados público e fotografias pessoais do Revolution, Cora, Camille, coco, banana e natureza foi possível criar um trabalho singular, onde o espectador se sente cavalgando. Stable Diffusion é um modelo de aprendizado profundo (deep learning) de texto para imagem lançado em 2022. Ele é usado principalmente para gerar imagens detalhadas condicionadas a descrições de texto, embora também possa ser aplicado a outras tarefas, como inpainting, outpainting, e geração de imagem para-imagem. O modelo foi elaborado por CompVis, Stability AI e LAION.
“VC ME VÊ ALÉM DOS CÓDIGOS_?”
CAVI BRANDÃO
FÍSICO/HÍBRIDO
O trabalho consistirá em uma instalação composta por dois trabalhos distintos que se complementam. O primeiro, intitulado de "Digitalis", são pinturas objetuais de pequeno formato (21 x 17 x 4 cm) feitas em óleo sobre placas eletrônicas. Nessas placas, que se transformam em espaços habitáveis e claustrofóbicos, são pintados corpos cujas faces são substituídas por códigos. Derivado dessa série, o segundo trabalho é uma pintura em médio formato (80 x 60 cm) feita em encaustica sobre MDF. Replicando e ampliando o formato das placas eletrônicas, a pintura “Vc me vê além dos códigos_?”, que também nomeia a instalação, é uma obra interativa. Sobre a superfície pictórica, alguns espelhos são grudados para refletir a imagem do visitante, que ao se confrontar e observar o trabalho, completará a obra com sua imagem refletida em meio a pintura.
RUMORES (DO ANTROPOCENO)
CENDRETTI
FÍSICO/HÍBRIDO
2 canais: uma fresta e um memento. 1º canal, uma fresta na parede, voyerismo da vida selvagem. 2º canal, uma mensagem já anunciada: acabou, meu amor.
MÁQUINA PSICONEUROMIDIACRÁTICA DO FIM DO MUNDO
CHICO MARINHO; ITALO TRAVENZOLI; LUIZ FLÁVIO FREITAS
FÍSICO
Escultura reativa com microcontrolador e dispositivos eletromecânicos, pau, pedra e ferro.
“DEFECATING BLOOG, OIL AND NANOROBOTS” – POSTHUMAN TANTRA
CIBERPAJÉ E FREDÉ CF
META
Este trabalho de videoarte intitulado “Defecating blood, oil and nanorobots”, utiliza a música homônima da banda PostHuman Tantra como ponto de partida para o conceito. A música resgata sons electro-industriais digitais criados no emblemático álbum “Pissing Nanorobots” (2004) reconfigurando-os para o panoroma atual opressivo e extremista do “Binarismo Anticósmico”. Na narrativa usamos metáforas visuais e sonoras para pensar e representar algumas relações tóxicas do ser humano para com a biosfera, com ênfase na destruição, desequilíbrio, desconexão e crise socioambiental.
PSICOPATA X EMPATA
CIBERPAJÉ E CNS
FÍSICO/HÍBRIDO
Animação experimental e videoclipe do projeto musical Ciberpajé. A obra parte de uma das músicas lançadas no EP Desdogmas, criado em parceria com a banda Diavolos, do Rio de Janeiro. O videoclipe é uma produção do grupo de pesquisa Cria_Ciber (UFG) e Lunare Music, tem direção e animação a cargo do Ciberpajé (Edgar Franco) e de CNS (Diogo Soares), mentor da banda Nix's Eys e arquiteto que já havia trabalhado com o Ciberpajé nas animações em rede neural "O Enterro dos Deuses", obra pioneira no Brasil no uso dessa tecnologia e finalista do Prêmio Le Blanc na categoria curta de animação 2020, e "(In)Finitum", que foi selecionada para 13 festivais internacionais, e finalista em festivais na Itália, Espanha e Peru. Como nas animações anteriores, a base conceitual é o universo ficcional transmídia e mágicko da Aurora Pós-Humana, utilizado como contexto para as criações artísticas e ações mágicko-ritualísticas do Ciberpajé. O vídeo instaura-se como um sigilo-mágicko baseado em uma estrutura de passes mágickos encenados durante a animação e criados para a Aurora Pós-Humana inspirados em gestualidade apropriada e reconfigurada a partir do “Posismo”, um dos princípios da magia ocultista de Paschal Beverly Randolph, e também dos passes mágicos de Carlos Castaneda.
ENTROPIA
CRISTIANE DUARTE E ROLF SIMÕES
META
“Entropia" é uma obra de arte digital interativa baseada no conceito computacional de autômato celular. A obra trata da criação de imagens a partir da mudança de estados dos autômatos, explora as questões de ordem e desordem, crise e profusão, a partir de uma concepção informacional. Aqui o conceito de entropia é representado como um estado de desordem crescente ao longo do tempo. A desordem de um sistema pode ser relacionada ao número de combinações possíveis dos microestados que ele pode assumir. Aumentar a desordem de um sistema, “inserindo crises”, significa aumentar a combinatória de inúmeros microestados que cada elemento do sistema pode apresentar. Os autômatos celulares usados são conhecidos como "classificadores de densidade" e são governados por regras de interação que os faz convergir para um estado absorvente, aquele encontrado com maior abundância em um dado instante de tempo. Ao reduzir as combinações possíveis de seus microestados, este tipo de autômato celular tem a propriedade de reduzir naturalmente a entropia do sistema. É através da captura dos sons, que o interator controla o nível de ruído e, consequentemente, a capacidade do sistema de alterar o seu estado de desordem.
TEMPO
DÉBORA AITTA GASPARETTO
META
O projeto explora uma paisagem tridimensional, composta por vários registros fotográficos. Ela aprisiona o usuário, ao mesmo tempo em que o convida a criar escapes para fugir ou construir em um mundo aberto, mas inicialmente sufocante. As fotografias que compõem as paredes desse cubo fechado foram registradas pela autora durante as poucas saídas durante a pandemia COVID-19, todas as fotos da mesma paisagem: uma casa abandonada em meio às montanhas, em todas as estações do ano e várias horas do dia. A proposta é pensar a passagem do tempo, a fuga e a paisagem em mundos abertos.
PAISAGENS IRREAIS
DIEGO VINICIUS
FÍSICO/HÍBRIDO
Fotografias de diversos lugares, paisagens ordinárias, que são editadas e alteradas através de edições e pintura digital no Photoshop e outros softwares de manipulação de imagem, resultando em uma imagem de característica fantástica e que se distancia do lugar real.
Dimensões: Aproximadamente 33x25x6 cm.
SEM TÍTULO
ERICA MODESTO
FÍSICO
Corte à laser sobre espadas de São Jorge.
O RETORNO DO PROFETA EZEQUIEL
FIDELIS ALCANTARA
FÍSICO
O retorno do Profeta Ezequiel é uma performance que busca mesclar textos do livro de Ezequiel, profeta Bíblico que pregava sobre a construção de uma nova sociedade depois da queda de Israel e o exílio na Babilônia, com reinvindicações de movimento sociais que enfrentam as desigualdades em que vivemos. Com forte crítica ao sistema capitalista, as performances são realizadas em espaços públicos onde busco apresentar as contradições sociais em que vivemos e a referência Bíblica de outro tempo de grande crise e perca de esperança nas possibilidades futuras. Para construir uma nova sociedade é preciso romper com a anterior e criar novas referências, o Profeta Ezequiel tentou demonstrar esta necessidade em seus textos que agora busca adaptar a nossa realidade, para tanto é preciso dominar as novas tecnologias utilizadas pela humanidade para que possa espalhar a palavra para o maior número de pessoas.
“VIAGEM INTERPLANETÁRIA (TRANSMUTATIONAL LYCANTHROPY)”
FREDÉ
META
Alucinações. Sonhos. Portais. Metamorfoses. Inteligências naturais e artificiais. Intersecções. Uma viagem licantrópica pelas realidades validada, virtual e vegetal. Transmutações transdimensionais. Meditações viscerais. Uma rota de escape onírica à MekHanTropia instituída. Uivos e movimentos de fruição do agora. Deslocamentos conceituais para absorção de temas cotidianos que cada instante nos traz. Um brinde ao Caos! Ao que se desfaz. À impermanência. Ao fugaz.
Hallucinations. Dreams. Portals. Metamorphoses. Natural and artificial intelligence. Intersections. A lycanthropic journey through validated, virtual and vegetal realities. Transdimensional transmutations. Visceral meditations. An oniric escape route from established MekHanTropia. Howls and movements of enjoyment of the now. Conceptual shifts to absorb everyday themes that every moment brings us. Cheers to Chaos! What falls apart. To impermanence, to the fleeting.
DATA VENIA
GABRIEL SANTANA
FÍSICO/HÍBRIDO
Este trabalho é formado por um conjunto de fotos retiradas do Arquivo Público Mineiro e manipuladas digitalmente de modo a criar narrativas diversas e irreais do nosso passado. Desta forma, o trabalho simula um arquivo de processo contendo as provas fotográficas de manipulação da história brasileira, por parte do réu fictício em julgamento.
O FIM DA AVENTURA HUMANA NA TERRA
GABRIEL SANTANA E HENRIQUE SANTANA
FÍSICO/HÍBRIDO
Esta obra se trata de uma obra interativa em formato web, no qual se cria uma espécie de oráculo sobre o colapso da humanidade, de fatores ambientais, geopolíticos e sociais que podem levar ao fim da aventura humana na terra. Para exposição se trata de instalação de computador para navegação da plataforma pelo público.
SÉRIE AUTOVIGILÂNCIA
GABRIELA JOÃO
META
A série é composta por 3 animações em loop, feitas a partir de um bug (defeito) no pincel do software livre de edição de imagem utilizado (GIMP) na criação dos desenhos. Cada animação explora um movimento. Os desenhos dos movimentos são sobrepostos sobre imagens em vídeo da rua, desafiando a objetificação, sexualização e exclusão de pessoas feminizadas nesses espaços. A série se chama Autovigilância, aludindo à internalização do olhar objetificante e tratamento violento a que pessoas feminizadas são submetidas na rua e em casa.
INQUILINUS
IGOR REIS
FÍSICO
Cerâmica, madeira, aço galvanizado, cera de abelha, dispositivo de áudio, leds
Duração: 6h
Dimensões: 140 x 60 x 45cm
Do L. INQUILINUS, de IN, “em”, mais -QUIL-, forma combinante de COLERE, “morar”. Ecologia. Organismo que se utiliza de outro corpo sem que haja prejuízo para o corpo em que habita. Como desdobramento da série de trabalhos denominada "Habitáveis" onde esculturas cerâmicas são utilizadas como estruturas arquiteturais para que abelhas possam se aninhar. No presente trabalho, "Inquilinus" explora relações sensoriais entre a escultura e o espaço a partir do som e da luz, reverberando do interior da escultura para o ambiente sons e ruídos de abelhas nativas, especificamente a Tubuna do gênero Scaptotrigona Bipunctata.
SIMBIOSE #9
IGOR REIS
FÍSICO/HÍBRIDO
Simbiose #9 é uma escultura da série "Habitáveis" (Bioarte e Arte Ambiental) produzida em cerâmica de alta temperatura(1280ºC). O trabalho faz parte de uma pesquisa permanente iniciada em 2018-2023, mas ainda inédita, que investiga relações colaborativas entre esculturas cerâmicas e abelhas nativas brasileiras, também chamadas de abelhas sem-ferrão, de modo que as abelhas escolhem e nidificam dentro da escultura de maneira viver em seu interior. Para o Panorama Ciact-2023, proponho a exposição de uma dessas esculturas a "Simbiose #9"(2023), sem a presença de abelhas. Porém, proponho a inserção de um QR code junto a ficha técnica do trabalho que direcionará o visitante para um vídeo, em formato para mídias móveis. O vídeo, é um registro de esculturas já nidificadas e com presença de abelhas e outras, em ambiente natural, a espera do acontecimento.
PROJETO <ATER> ARTE TECNOLOGIA E REDES SOCIAIS
LARISSA MACÊDO E LUCAS CASTRO
META
<ater> é um trabalho de crítica social e institucional que articula uma discussão e uma investigação teórico-prática relacionadas aos impactos da inteligência artificial no mapeamento e circulação da produção de artistas racializados (negros e indígenas) brasileiros nas redes sociais. O projeto <ater> é o primeiro trabalho experimental da série <ater> desenvolvido ao longo de 2022 com conclusão em março de 2023. Trata-se de uma intervenção artística que consiste em uma plataforma on-line (www.projetoater.com.br); um protótipo de software baseado em inteligência artificial, com linguagem algorítmica de código aberto e uso livre; um programa educativo com encontros gratuitos e abertos ao público e um perfil no Instagram (@projetoater) com os compartilhamentos do processo, ações, reflexões e interação com o público. O projeto <ater> foi contemplado pelo Edital 36/2021 do ProAC Editais - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
CAPITAL NATURAL
LUA
FÍSICO/HÍBRIDO
Capital Natural foi desenvolvido para o instituto modefica, sendo uma capa de uma das matérias do site, diz muito sobre os danos ambientais acarretados pela busca incessante de capital, visando a destruição do ecossistema perante a dominação do homem - estado. Dessa forma a arte/ colagem foi desenvolvida buscando transparecer as nuances principais do texto, evidenciando em sua centralidade o ''inimigo'' central das vegetações, fauna e flora, representados em sua destruição nas imagens ao fundo.
GRAU ZERO DA IMAGEM
LUCIANA DE PAULA SANTOS
FÍSICO/HÍBRIDO
Grau Zero da Imagem é um filme em processo, que fala do processo de construção do nosso olhar em plena transição de uma sociedade disciplinar para uma sociedade de controle. Baseado na Imagem Pobre de Hito Steyerl esse filme vai no contra-campo do discurso tecno-científico da alta resolução tecnológica e busca as brechas poéticas, os erros, o glitch, a "imagem suja" e decolonial dos processos que escapam à pura técnica que formata nosso olhar nas sociedades tecnocientificas.
TUDO QUE É LUZ DESMANCHA NO PIXEL
LUCIANO MARIZ; CAIO VINÍCIUS; MARCOS VINÍCIOS CACHO
FÍSICO/HÍBRIDO
“Tudo que é luz desmancha no pixel – Totem” trata de uma performance audiovisual resultado de uma ação de performance multidisciplinar e multimidiática intitulada Tudo que é luz desmancha no pixel. A performance parte de uma provocação elaborada por um professor e dois alunos no curso de Arte e Mídia, da Universidade Federal de Campina Grande, onde se propõe promover o diálogo entre gerações da imagem em movimento para observar as emergências audiovisuais que estes formatos de imagem podem provocar, mediante um sistema técnico elaborado para tal ação. A videoarte é uma expressão do obsoleto que foi provocada pelo resgate de dispositivos tecnológicos descartados. O resgate surge pela provocação em tentar por meios experimentais, expandir sua potência e apresentar poéticas por meio de proposições estéticas. Para isto a abordagem temática se estabelece em torno da luz, que é apresentada como fundamento raiz da imagem em movimento, dos primórdios à revolução da eletrônica, digitalização e virtualização dos processos. Das cavernas às virtualidades, a luz sofre processos transdutivos e este experimento trata de pensar nesse lugar de fragmentação e construção de outros territórios para expressão audiovisual.
COMO VER A NOITE
MARÍA CASAS CASTILLO
FÍSICO/HÍBRIDO
No imenso Vale do Guadiana, três vigilantes da natureza passam o dia à procura de uma criatura escondida. Por meio de diversos aparelhos, eles monitoram todos os movimentos de um mundo que só se mostra à noite. Quando os humanos dormem, os animais saem para tomar conta da terra que um dia lhes pertenceu. Este curta-metragem retrata a luta entre o ser humano e a natureza, o visível e o invisível.
JOGO DO ACESSO
MARINA POLIDORO E AUGUSTO DE OLIVEIRA
META
Este é um projeto interativo 2D desenvolvido em Processing sobre desigualdade de presença no Parlamento brasileiro de um ponto de vista interseccional. O jogador escolhe características adescritivas (como gênero e raça) e adquiridas (como ocupação, instrução e patrimônio) de um candidato a deputado federal. O jogo consiste em um labirinto de obstáculos que separa o jogador do seu objetivo, o Parlamento. Ao definir as características do seu candidato na tela inicial, o labirinto é formado com um número de obstáculos que reflete matematicamente a desigualdade na representação política. O grau de dificuldade do jogo reflete essas desproporções representativas acarretadas pelas características sociais em cada grupo no momento político (eleições de 2018 e 2022).
ERA VERÃO MAS NÃO FAZIA SOL EM SHANGRI LÁ
MATHEUS MONTANARI
META
Video Arte, core e som, 3’27”.
Neste trabalho, o clima se torna um dos agentes artísticos, traçando linhas entre a utópica cidade literária no alto do Tibete, a praia no litoral gaúcho e as montanhas do Parque Yosemite no EUA. Tensionamos a relação entre o natural e o artificial. Em meio a grãos de areia e grãos de ruído pixelizado, utilizamos redes generativas adversas cíclicas (cycle GANs) para construir um conjunto imagético onírico em busca do sol de Shangri Lá. As redes de inteligência artificial utilizadas no projeto são treinadas com imagens de diferentes estações do ano no no Parque Yosemite. A partir desse conjunto de dados, elas competem entre si para alterar artificialmente qualquer imagem com estações do ano opostas, até que uma convença a outra da naturalidade de sua artificialização. Sem referências das estações de um clima subtropical do hemisfério sul, o algoritmo se perde, criando paisagens surrealistas de dunas de neve, e mares de nuvens.
MetAtopCit
MATHEUS MORENO
META
A série de imagens MetAtopCit, apresenta cenas urbanas pós-humanas atópicas, evidencias de hibridizações e deslocamentos espaço-temporais eventuais e efêmeros. Registro do instante fruto da sobreposição da diversidade de materiais, técnicas e estilos arquitetônicos, com sua multiplicidade de sistemas estruturais e energéticos. Evidenciando um metaecossistema, resultante de conexões e interações entre ecossistemas, numa simbiose entre entidades e ambientes. Visualmente associados, no aprendizado compartilhado entre seus elementos, sistemas e organismos. Explorando a geração de imagens com Inteligência Artificial, como método de design que provoca interseções entre tecnologia, arte, arquitetura, paisagismo, urbanismo e natureza. Para ilustrar a posição e o papel da Inteligência Artificial na pós-humano, experimentando os limites e potenciais desta ferramenta, visando produzir metaarquiteturas transorgânicas. Agenciando processos e “projetos” de mundos, concebidos por conexões e colaborações entre indivíduos humanos ou não, tecnologias e ambientes. Percorre-se assim, neste território sem a autoria pura do indivíduo humano, associando coisas de diversos campos e ciências. Cibridações entre mídias analógicas e digitais. MetAtopCit, apresenta arranjos e composições de organismos e metaestáveis, topologias informacionais dinâmicas, pontos variáveis de tensões e trocas eventuais complexas, entre si. Imagina-se assim, habitats integrados a natureza, cidades transorgânicas, onde os limites entre a cognição humana e computacional não são tênues.
GLOSASRIO: COSMOGRAFIA DE EPÓNIMOS
MAX WALDMANN
FÍSICO/HÍBRIDO
A publicação “Glosasrio: Cosmografia de Epónimos” apresenta um conjunto de epónimos, 80 já existentes e 20 criados pelo artista, junto de imagens escurecidas chamadas de Palimpsestos para remeter a fotos do Cosmos. O projeto explora as possíveis conexões entre conhecimentos que surgem na mente de cada indivíduo, criando uma cartografia única de sua psique - e até mesmo das crises de conhecimento que surgem ao habitarmos o espaço digital em que a fronteira entre realidade e ficção se torna cada vez mais enevoada. Sendo a origem da palavra ‘Cartografia’, a Cosmografia é representada pelos palimpsestos - termo que descreve papiros raspados para reutilização - anexados a cada termo. As imagens, leia: palimpsestos, usam de conceitos da Cultura do Remix e Creative Commons digital para degradar imagens relacionadas ao seu respectivo epónimo, sobrando somente os pixels como estrelas e constelações no céu noturno.
AMAZON LITTLE PLANET IA
MAXIMÍLIAN RODRIGUES
FÍSICO/HÍBRIDO/META
As séries “Amazon Little Planet IA” e “Manaus Little Planet IA” retratam as experimentações com as imagens geradas por inteligência artificial, diante dos comandos digitados com as características de uma poética voltada para as imagens circulares da paisagem amazônica, a água, a cidade numa relação com a floresta. As possibilidades de criação geradas por “IA” levam à um caminho de coautoria na construção das imagens, das paisagens, bem como as distorções que surgem.
URGE _ MONOTIPIAS SONORAS
MAY HD
META
A partir de uma série de NFTs será formatada a instalação 3d URGE _ MONOTIPIAS SONORAS da artista multimídia Andrea May. A obra poderá ser visitada em um ambiente imersivo/ interativo de percursos ruidosos. O acesso (link) será disponibilizado na expo PANORAM4 [METAVERSO/Ambiente 3D] - 8º CIACT-SAD 2023.
FREEDOM
PATRÍCIA SIQUEIRA
FÍSICO/HÍBRIDO
“Freedom” é um trabalho de vídeo/dança/arte, que trata de uma questão muito preciosa para nós - a liberdade. Sensação de falta de ar, de falta de liberdade, de prisão, de impotência. Corpo em crise, preso, sufocado, sem espaço, sem opção.
ALFA TRANS
RAPHAEL FERREIRA
META
Videoarte com tons binaurais para favorecer mudança de gênero em tons alfa.
MANIFESTO TECNO-SOUND-CÊNICO DOS TUPIBOABAS
REGILAN DEUSAMAR
FÍSICO/HÍBRIDO
O Manifesto Tecno-Sound-Cênico dos Tupiboabas foi uma performance cênica selecionada através de edital para apresentação no evento Poente Cultural da UFMG. A performance foi apresentada em setembro de 2022 no Museu Casa Padre Toledo em Tiradentes, Minas Gerais. Para a proposta artística do 8º CIACT utilizaremos "manequins-personagens" que irão expor as vestes de Ariadne, Costureira e DJ, configurando a atmosfera cênica da chegada de Halley, cometa mudança. A exposição terá uma voz narrativa gravada que irá conferir a atmosfera teatral: no ano de 2061, na noite em que o cometa Halley irá atravessar a atmosfera terrestre, a costureira e o DJ irão conectar suas máquinas para produzir um campo energético entre passado e futuro que possa resgatar a fraternidade perdida entre Emboabas e Tupinambás. No centro da cena Ariadne irá tecer o fio que irá ajudá-la a atravessar a janela do tempo-espaço, tocar a cauda do cometa, voltar e reescrever o Manifesto Pau-Brasil, para promover a concórdia Tupiboaba.
SUR-REAL EM TEMPO REAL!
ROSILENE SOUZA
FÍSICO/HÍBRIDO
A série sur-REAL em tempo REAL!, é composta por 15 fotocolagens coloridas e digitais, seguidos de poemas, nas dimensões 9x11. Estes retratam a fantasia digladiando com a realidade que dependendo do olhar resulta em um poema. O trabalho perpassa pela apropriação de imagens, pintura digital, colagem e poesias, cujo objetivo é despertar variadas possibilidades de percepção e ressignificação de estar, interferir e questionar o mundo e sua existência, dando vazão a um campo multissensorial de significados estéticos e poéticos.
SAMBA
ALÍCIA SILVA; SABRINA GOMES, WGNR, YASMINE EVARISTO
FÍSICO/HÍBRIDO
Este trabalho é uma atividade que está sendo produzida pelo EPEJA – Estudos de Poética, Edição, Jogo e Arte que é um grupo que se interessa em investigar as poéticas contemporâneas; os processos de edição; os jogos – com destaque para os digitais; e as artes – principalmente aquelas ligadas ao audiovisual e à fotografia; em suas respectivas expressões impressas e digitais. samba é a proposta de se realizar um livro de artista que se apresente como resultado de interações digitais e físicas. A partir do uso dos softwares Blender, Thinkercard para se produzir uma modelagem inicial, seguida de seu refinamento no trato com a linguagem verbal, e o preparo do protótipo digital para o enviar para a impressora 3D por meio do Ultimaker Cura. Como resultado, estamos produzindo cilindros poéticos tridimensionais que serão expostos. Além desses cilindros, chamados de atabaques poéticos, disponibilizaremos o áudio dos textos verbais, assim como uma projeção visual dos mesmos para que o público possa interagir com a obra de diversas formas. Também estamos produzindo um livro físico a partir da seleção de material gráfico de onde serão produzidas as imagens a serem projetadas. Este objeto será de papel e o seu projeto gráfico dialogará com os atabaques poéticos, bem como com a temática principal, o samba. Desse modo, consideramos apontar caminhos para o se pensar a crise da arte, sob a perspectiva dos processos editoriais, e caminhos possíveis a serem construídos.
Anamnesis: IV – LER (Série Anamnese)
SANDRO BOTTENE
META
Este trabalho faz parte da série “Anamnese”, a qual se constitui por um estudo autobiográfico sobre o meu corpo e as minhas dores. O tríptico “Anamnesis: IV – LER” apresenta três fotografias dispostas em pranchetas, sendo que estas são expostas sob a perspectiva de um prontuário clínico. A narrativa desse trabalho se dá pelo recorte visual entre imagem/texto e a performatividade corporal entre repouso/ação criada pela gestualidade das mãos. A inserção das teclas do computador faz menção à Lesão por Esforço Repetitivo, responsável pela dor crônica no punho e na mão. A presença da aréola com espinhos propõe uma estética da dor que se vincula à subjetividade do ofício de cacticultor e à construção da identidade poética “Garoto-cacto” que, por sua vez, integra parte da pesquisa do Doutorado em Artes Visuais pelo PPGART/UFSM, Linha de Pesquisa Arte e Transversalidade, que tem por título “O espinho que (trans)brota do pensamento ao corpo”.
PAISAGEM HISSEN 筆洗
SHIITI
FÍSICO
Instalação com luz, vidro, nanquim, tempo e memória.
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ALINHAVANDO MEMÓRIAS
TAINÁ LUIZE
FÍSICO/HÍBRIDO
A obra têxtil eletrônica convida o visitante a emprestar sua voz para uma costura sonora, utilizando trechos de cartas dos avós da artista, falecidos durante a pandemia. A obra é um convite à reativação de memórias não vividas e à reflexão sobre as perdas causadas pela Covid-19.
LUZES FLUTUANTES DE ISMÁLIA
TAINHA
FÍSICO
Instalação em realidade virtual.
MANIFESTO MUTUALÍSTICAS
THATIANE MENDES
FÍSICO
Em Relações multualísticas há simbiose entre corpos, plantas medicinais, fungos e tecidos. Crochês - heranças têxteis são colocadas em convívio com micro-organismos vivos, fungos Djamor e ganoderma que, em laboratório, com situações específicas de temperatura e luz, germinam, reproduzem, crescem, criam novas formas e pigmentam.
CORPO/CASCA
VITÓRIA FERRON
FÍSICO
Bioescultura.