as obras
ATA DURAS
Marcela Cavallini e Fernanda Marques
Marcela Cavallini e Fernanda Marques
Ata-duras é um projeto de performance que se desdobra em vídeo de Genius da Burrice. Consiste numa escultura social que performa na e com a cidade produzindo narrativas tecnológicas a partir de fluxos repetitivos e de interrupção das ações durante o percurso. Quando as perspectivas endurecem e a vida urbana carece de cuidado e atenção, desenrolamos a língua e por bricolagem de textos proibidos e arquivados durante o período de ditadura militar em associação com locais específicos da cidade reativamos diálogos situados na rua e dados como “invisíveis” e “não oficiais”. Este trabalho consiste em transpor do espaço da rua para o vídeo narrativas que satirizam o cenário estético-político no país. Performers vestem um “big brain” plástico e adaptativo e passeam pelas ruas; jogando com o equilíbrio; compondo paisagens com pontos de paragens e inversões de posições corporais. A performance tem seu ponto de culminância com a cirurgia. Consiste na retirada de faixas com inscrições de trechos de livros proibidos durante a ditadura brasileira e em outros momentos e locais da história e que juntos compõem mensagens “subliminares” ao público passante. Propomos uma ação brincante de sátira política com a interrupção dos fluxos da cidade em resposta aos contextos políticos atuais de retirada de direitos e uso da máquina pública para garantia de privilégios de grupos historicamente dominantes, para, com isso, reanimar estados de desencantamento do público e de, nós, artistas.
CAIXA PRETA
Luciano Mariz
Luciano Mariz
O videoperformance Caixa Preta é um trabalho experimental do artista Luciano Mariz mediante pesquisa que está realizando no Curso de Pós-Graduação em Artes da UFMG onde busca compreender os fenômenos existentes entre o corpo do performer e o corpo da câmera em ação performática durante as gravações das videoperformances. Tratam-se de três performers, sendo um destes humano e dois não-humanos, enclausurados em uma caixa tecnológica Flusseriana por quase 40 minutos. Caixa Preta é uma expressão das relações entre os humanos e todo o universo tecnológico que nos circunda há cada segundo.
CALEIDOSCÓPIO
Ana Paula da Costa e Agnaldo Pinho
Ana Paula da Costa e Agnaldo Pinho
Caleidoscópio é um videopoema nascido da parceria entre a poeta Ana Paula da Costa e o artista plástico Agnaldo Pinho que filmou em uma tomada única, utilizando dois celulares e um caleidoscópio (sendo que um celular filmava com o caleidoscópio acoplado em sua lente e o outro executava o som), produzindo um vídeo que não sofreu nenhuma edição. A concepção, design e criação do poema veio depois, tendo sido incorporado às imagens por Ana Paula da Costa, no dia 17/02/2019, um dia após a cidade de Macacos-MG ter sofrido um alerta de rompimento de barragem, e quase duzentas pessoas terem sido evacuadas de suas casas; a 23 dias depois do crime do rompimento da barragem de Brumadinho, que aconteceu no dia 25/01/2019, onde morreram 400 pessoas. Foi escrito há 3 anos e 4 meses do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, que aconteceu no dia 05/11/2015, onde morreram 19 pessoas e uma vila inteira foi soterrada. O videopoema segue na esteira dos poetas visuais que bebem no concretismo. O termo "Romperrasgado" foi incorporado do poema “Barcolagem”, de Guilherme Mansur. Aqui a releitura desse termo impregna o poema visual com a intertextualidade de se relacionar à tradição poética de contestação, de romper limites. Se a barragem se rompe tragando vidas, cidades e também matando o Rio Paraopeba, a poesia vem cumprir seu papel de gritar contra a conformidade diante dos acontecimentos trágicos e ao mesmo tempo usar sua força para criação de obras que despertem o exercício do pensamento crítico.
DE PORTINARI A PORTINARI SONORO
Flávio CRO; Letícia Vianna e Daniel Nunes
Flávio CRO; Letícia Vianna e Daniel Nunes
De Portinari em Portinari Sonoro. Ação de pedalar da Casa FIAT em direção aos diversos “Portinaris” espalhados pela cidade de Belo Horizonte desenhando os percursos sobre mapas e projeção de vídeo. 205,83km/13h/10dias/2:06min. No início e final de cada pedalada foi efetuada uma fotografia visual e "sonora". A atividade foi gravada com o aplicativo Strava, que salva o percurso e sobrepõe um desenho ao mapa da cidade e insere, no mesmo, as fotografias. O percurso foi convertido em animações digitais com o app Relive. Esse fragmentos de memórias foram trabalhados no vídeo. A proposta foi aproximar esporte e arte por meio dessa performance ciclística e desses “desenhos expandidos”.
ESPERA
Pedro Moreira
Pedro Moreira
A videoarte "Espera" busca trabalhar com o grid como objeto gerador da obra, dividindo a tela em módulos individuais e compartilhados. A composição no formato 3x4 de 12 quadrantes, onde em cada módulo o performer expressa uma personalidade diferente de tédio, assim como numa sala de espera que não há nada a se fazer, a não ser aguardar o momento do atendimento.
FILTRO DE LUZ AZUL
Alexandre Junior
Alexandre Junior
Os smartphones estão espalhados por todos os cantos da sociedade, para o bem ou para o mal. Imersos em nossos mundinhos das telas, passamos incontáveis minutos preciosos agarrados a um aparelho que virou, hoje, quase uma extensão do nosso braço. Faz-se tudo pelo celular, inclusive perder tempo. O nome ‘’filtro de luz azul’’ vem de uma função presente nos smartphones capaz de reduzir a quantidade de luz azul emitida pelas telas, prejudicial ao sono. Um modo de hackear o nosso próprio sistema biológico. Uma artimanha para continuarmos conectados. Não seria melhor desligar o celular e ir dormir? Aparentemente, não. ‘’filtro de luz azul’’ foi pensada para escancarar a nossa dependência a esses necessários, mas problemáticos aparelhos.
// FREEDOM INDEX //
Beta Garcia
Beta Garcia
//FREEDOM INDEX // é uma obra audiovisual que propõe a reflexão sobre a nossa relação com a internet através dos algoritmos que agilizam o nosso acesso à informação, mas que de certa forma gerenciam nossas escolhas e a possível não consciência do usuário sobre a existência desta realidade. O conteúdo audiovisual foi gerado através de um processo imersivo de pesquisa sobre as possibilidades de indexação da palavra FREEDOM durante vários dias, através da ferramenta de busca mundialmente mais utilizada: o Google. A paisagem sonora foi composta somente com a voz da artista e por sons gerados através do próprio Google, criando uma relação cíclica entre os dois. A limitação da possibilidade de escolha de materiais sonoros acentua a reflexão que a artista propõe através da obra de que as escolhas das pessoas estão limitadas através dos algoritmos, já tão incorporados ao nosso cotidiano, e que a maioria das pessoas não tenha a consciência da existência dos mesmos atualmente. As reflexões teóricas do artigo "Web 2.0 and Users Expectations of Indexes”, de Bill Johncocks e o documento Ryan’s Web 1.0, de Ryan Trecartin foram utilizados como fundamentação e direcionamento da importância da realização do trabalho de pesquisa artístico.
FÓSSEIS DIGITAIS
Ana Elisa Carramaschi
Ana Elisa Carramaschi
Fósseis Digitais são esculturas digitais que trazem formas advindas de um processamento de centenas de imagens digitais. Neste processamento, a imagem técnica
perspectivada é deslocada do campo da representação, suas dimensões são desconstruídas e traduzidas de duas para três dimensões. As esculturas são resultados de
um programa de criação que sintetiza informações e permite a emergência de infinitas formas para o mundo material. Fósseis Digitais se contextualiza e faz uso da cultura digital, para discutir, de dentro de uma cultura imaterial, sobre a materialidade e a forma nos dias de hoje, trazendo à baila a observação dos arquivos digitais e refletindo de que modo eles podem ressignificar a materialidade. Seu ponto de força seria, portanto, questionar de que modo se materializam formas no espaço hoje, a partir de recursos que são específicos de nosso tempo, perseguindo por um manifesto pela diversidade, pela pluralidade, pela descentralização da forma, em prol de um lugar outro, não mais afeiçoado à representação, mas que tenha mais a ver com a apresentação, ação e processo. E que pela experiência do trabalho possa criar um modo de materializar formas hoje, que responda à nossa percepções do digital, do não-digital, dos processos de virtualização e de materialização.
perspectivada é deslocada do campo da representação, suas dimensões são desconstruídas e traduzidas de duas para três dimensões. As esculturas são resultados de
um programa de criação que sintetiza informações e permite a emergência de infinitas formas para o mundo material. Fósseis Digitais se contextualiza e faz uso da cultura digital, para discutir, de dentro de uma cultura imaterial, sobre a materialidade e a forma nos dias de hoje, trazendo à baila a observação dos arquivos digitais e refletindo de que modo eles podem ressignificar a materialidade. Seu ponto de força seria, portanto, questionar de que modo se materializam formas no espaço hoje, a partir de recursos que são específicos de nosso tempo, perseguindo por um manifesto pela diversidade, pela pluralidade, pela descentralização da forma, em prol de um lugar outro, não mais afeiçoado à representação, mas que tenha mais a ver com a apresentação, ação e processo. E que pela experiência do trabalho possa criar um modo de materializar formas hoje, que responda à nossa percepções do digital, do não-digital, dos processos de virtualização e de materialização.
FUTURE RELICS: SAMPLES OF FAITH
Cecilia Vilca
Cecilia Vilca
Future Relics é um projeto de arte digital, uma pesquisa sobre o poder de objetos enquanto recipientes, onde adicionamos informações e conteúdo subjetivo sobre dados que eles já possuem que é mutável e “contaminada” pelo seu ambiente, sua composição química. O projeto explora métodos e ferramentas científicas e os combina com novos meios e arqueologia. É uma confrontação em relação a questão de divindade e crenças com a suposta frieza dos dados que falam sobre a questão física. É um encontro com com o futuro, com a pesquisa, viagem, processo. Escolhido para o O Programa de Residências Despina, no Rio de Janeiro, Brasil, o resultado deste projeto é o conjunto Relíquias Futuras para o Orixá Oxossi: “RELIC1”, é uma impressão 3D feita com fotogrametria de imagens microscópicas de eletrons, “RELIC2” é um software que transforma dados químicos em som, as duas relíquias que são mostradas com os elementos de seu processo de criação. Estas peças criam uma instalação que conversa tanto com o aparelho de exibição científica, o processo antropológico-espiritual, e a catársis e linha de produção de objetos religiosos. São lembrancinhas da fé.
MEMÓRIAS, PONTOS DE CONEXÃO, BIOGRAFIAS LUMINOSAS
Luiza Hermeto Mascarenhas, Filipe Paulo Ribeiro Fragoso de Rhodes e Fernanda Salomão Figueiredo Guimarães
Luiza Hermeto Mascarenhas, Filipe Paulo Ribeiro Fragoso de Rhodes e Fernanda Salomão Figueiredo Guimarães
O presente trabalho consiste em dois conjuntos de objetos, sendo eles dois cubos e dois pingentes de prata que criam uma interação entre si e com o usuário. Os cubos possuem processadores eletrônicos embutidos, com conexão wi-fi, programados em linguagem C++ e que alimentam o pingente correspondente com informações específicas quando estão conectados. Nessa primeira versão do projeto, os pingentes possuem luzes que reagem de acordo com as fases da lua. Lua cheia, aceso. Lua nova, apagado. A cada toque do pingente no cubo a informação é atualizada no pingente. As duas caixas trocam informações através da internet por conexão wi-fi e manifestam as informações coletadas através de cores. Quando os dois pingentes estão conectados nos cubos, as luzes são verdes; quando um está conectado e o outro não, as luzes são amarelas, e quando os dois estão desconectados, as luzes são vermelhas.
VÍDEO NA DANADA: O ESGAR DO CRÂNIO NU. HAVERÁ FUTURO?
Andre Araujo
Andre Araujo
O vídeo NA DANADA integra a parte prática da minha tese de doutoramento, e tem como propósito o diálogo entre literatura e artes visuais no que diz respeito à
construção da imagem do corpo. Especificamente, um diálogo entre o livro Fluxo-floema (1970) de Hilda Hilst e as pinturas de Iberê Camargo produzidas entre os
anos de 1980 até 1994, ano de sua morte. O vídeo NA DANADA é uma colagem de tudo que foi apreendido acerca da construção da imagem do corpo nas obras de
Hilst e de Iberê. O processo de produção do vídeo perpassa a questão da montagem e da apropriação. As imagens de diferentes fontes e captadas em variadas técnicas,
que jamais intentaram existir juntas, quando postas lado a lado, em um mesmo plano, criam interações inusitadas. O vídeo, em seu processo criativo, preza pela
não-linearidade e pela aleatoriedade, sugerindo ao expectador desenvolver infinitas interpretações ao acumular fragmentos, sequenciais ou não, e ressignificando as
imagens, possibilitando assim, que estas tenham sentidos variados. A proposta para esta exposição é de uma vídeo/pintura/áudio-instalação composta por este trabalho em vídeo, produzido durante o meu doutorado, e uma pintura sobre a qual o vídeo será projetado.
construção da imagem do corpo. Especificamente, um diálogo entre o livro Fluxo-floema (1970) de Hilda Hilst e as pinturas de Iberê Camargo produzidas entre os
anos de 1980 até 1994, ano de sua morte. O vídeo NA DANADA é uma colagem de tudo que foi apreendido acerca da construção da imagem do corpo nas obras de
Hilst e de Iberê. O processo de produção do vídeo perpassa a questão da montagem e da apropriação. As imagens de diferentes fontes e captadas em variadas técnicas,
que jamais intentaram existir juntas, quando postas lado a lado, em um mesmo plano, criam interações inusitadas. O vídeo, em seu processo criativo, preza pela
não-linearidade e pela aleatoriedade, sugerindo ao expectador desenvolver infinitas interpretações ao acumular fragmentos, sequenciais ou não, e ressignificando as
imagens, possibilitando assim, que estas tenham sentidos variados. A proposta para esta exposição é de uma vídeo/pintura/áudio-instalação composta por este trabalho em vídeo, produzido durante o meu doutorado, e uma pintura sobre a qual o vídeo será projetado.
ORÁCULO DA POLÍTICA BRASILEIRA
José Loures e Lutt Ferreira
José Loures e Lutt Ferreira
O jogo é composto por 28 personalidade políticas, ícones da internet e da televisão: Lula, Dilma Rousseff, João Dória, Inês Brasil, Silvio Santos, Jair Bolsonaro, General Mourão, José Serra, Joaquim Barbosa, Manuela d'Ávila , Luciana Genro, Marina Silva, Eduardo Cunha, Fernando Henrique Cardoso, Neymar Jr., Joesley Batista, Ciro Gomes, Cabo Daciolo, Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, João Amôedo, Henrique Meirelles, Michel Temer, Luciano Huck, Marconi Perillo, Aécio Neves, e Sérgio Moro. O tabuleiro onde acontece o jogo é a bandeira brasileira, mas com 4 espaços que simbolizam: presidência, morte, escândalo e prisão. É nesse momento que o jogo acontece. Cada jogador embaralha as cartas, assim, vislumbrando o seu futuro político e suas consequências. As redes sociais se tornaram um lugar de culto, alguns preferem usar o ódio como fonte primária de sua religião, outros usam a devoção irrestrita e incondicional como elo principal com suas deidades. Em 2019 esses cultos se expandem em uma espécie de guerra de trincheira travada na internet. É nesse conflito que nasceu o Oráculo da Política Brasileira. Um ambiente inóspito, onde cada qual nega sua responsabilidade e acusa o outro, mas que no fim, ambos os lados serão obrigados a eleger os seus deuses e demônios.
PARA ONDE ESCOA O AZUL
Coletivo Paisagens Móveis
Coletivo Paisagens Móveis
Em meados da década de 20, acreditou-se que o cimento trazia o cheiro do progresso. Assim, foram iniciadas as obras para canalização dos rios de Belo Horizonte e seu posterior fechamento, como tentativa de conter enchentes e o fato de que as águas estavam virando esgotos abertos. Em nome da razão, excluiu-se o azul da paisagem, o que deixou a paisagem cinza e alagada pelas chuvas que invadem as ruas lavando o cimento e o lixo, ainda hoje, quase cem anos após as primeiras e sucessivas obras de cercamento das águas. "Por onde escoa o azul" é um trabalho relativo a um possível futuro dos rios invisibilizados, causado pelas canalizações e completo fechamento destes em Belo Horizonte. O Videoarte retrata a inundação da capital mineira pelos rios, que retornam da superfície e dominam as ruas junto a um grande dilúvio que ocorre em 2025 e marca o fim da cidade, que termina submersa.
PROVA DE CONTATO (CONTACT SHEET)
Ignez Capovilla
Ignez Capovilla
A partir de imagens do celular o vídeo questiona a necessidade de registro do instantâneo e do acúmulo de memórias descartáveis. “Prova de Contato” é referência direta ao material bruto do fotógrafo, o Índex, pois não há edição, ele exibe todas as fotografias feitas e recebidas de 2014 à 2016 e explicita o processo de criação e edição da artista. Denuncia nossa não relação com os lugares, e suas imagens em sequência estroboscópica associa às reações fugazes do cérebro, em que mal se pode reconhecer a realidade apresentada, a visão não captura mais a paisagem, apenas vê. Aponta ainda a desierarquização das imagens, onde a paisagem, o retrato, o meme, o recibo e o print screen da tela convivem em um mesmo plano, no mesmo espaço, com o mesmo grau de importância, questionando, assim, a autoria dessas imagens. A instalação é idealizada para ser apresentada em Loop em que o espectador passeando pela exposição vê apenas parte dessas imagens, assim como participamos seletivamente da vida do outro, e cada espectador vê um vídeo diferente, pois não é possível capturar todos os frames que correm em frente à câmera.
SEA STUDIES [BALTICS]
Miro Soares
Miro Soares
Sea Studies [Baltics] é uma vídeo-instalação que exibe uma série de composições criando um retrato do Mar Báltico e de sua região ao longo das estações. As imagens foram gravadas em vários pontos da costa da Lituânia, Letônia e Estônia em 2010, 2011 e em 2016. A obra é composta de duas partes: primavera/verão e outono/inverno. Em cada parte, as imagens são ordenadas por luminosidade, como se reproduzissem o passar do tempo durante o dia. Assim as imagens levam à estação seguinte criando um ciclo de mutações no espaço. A instalação é organizada como um tríptico. O princípio de edição da obra privilegia a variação das imagens de modo que se tenha uma progressiva mudança da paisagem. Por vezes as três imagens se organizam em continuidade, compondo uma panorâmica; em outros momentos apresentam pontos de vistas diferentes sobre o mesmo objeto; e, ainda, em certas ocasiões produzem confrontações de objetos diferentes. O áudio é contínuo e revela o barulho ambiente das ondas e do vento no local. Concebido como um projeto aberto, a instalação tem sua montagem variável, permitindo que o intervalo de tempo das sequências seja alterado ou mesmo que as imagens sejam recombinadas a cada nova exposição.
TERCEIRA PELE
Thatiane Mendes
Thatiane Mendes
Terceira pele é um dispositivo sensorial vestível feito com tecido biotecnológico, baseado na fermentação e cultivo de microorganismos vivos. Nessa pele-tecido foram costurados componentes micro-eletrônicos formando-se a base material para explorar modos de interpretar e gravar "histórias pessoais” e vivências “intra-corporais”. A peça configura-se como objeto vestível para o corpo humano e como instalação, que ao vestir um manequim, um “braço-roupa" verifica o pulso e OS batimentos cardíacos dos transeuntes. A peça capta e memoriza a frequência cardíaca e a umidade da pele. Essas informações são enviadas a um microprocessador situado sob a roupa, dotando o corpo de um sexto sentido e tornando a vestimenta uma interface para experimentação de dados de intimidade sobre o corpo.
TREINAMENTO PARA SEGUIR EM FRENTE E
TREINAMENTO PARA SEGUIR EM LINHA RETA
Patrícia Teles
TREINAMENTO PARA SEGUIR EM LINHA RETA
Patrícia Teles
Treinamento para seguir em frente: À exaustão como antídoto para dor. Desafiar a inércia e obrigar o corpo a mover-se, a seguir em frente, ainda que sem sair do lugar. Os pés golpeiam a máquina e movimentam a câmera que estremece a imagem. Treinamento para seguir em linha reta: Luz e sombra desenham o movimento do corpo
submergido. A cada inspiração, rompe-se a bolha da imersão.
submergido. A cada inspiração, rompe-se a bolha da imersão.